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08/11/2007 - 22h18

Geórgia antecipa eleições para tentar conter crise

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da Efe, em Tbilisi

O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, anunciou nesta quinta-feira a antecipação das eleições presidenciais para 5 de janeiro de 2008, em discurso na televisão pública.

A Geórgia tem sido palco de protestos há vários dias, que pedem a renúncia do presidente por acusações de corrupção.

Paralelamente, ele se comprometeu a suspender em breve o estado de emergência que decretou na quarta-feira em todo o país durante 15 dias por causa dos protestos da oposição.

O estado de emergência permite que autoridades prendam pessoas sem a necessidade de ordens judiciais, limitem o movimento de pessoas ou veículos, confisquem armas e fechem espaços públicos.

"Como não sou democrata, se reduzo o período do meu mandato?", afirmou Saakashvili, que foi eleito no início de 2004 para um período de cinco anos (2009), após explicar que sua decisão de antecipar as eleições se deve ao desejo de "renovar o mandato de confiança do povo".

Coincidindo com o pleito, o presidente georgiano antecipou que será realizado um plebiscito sobre se as eleições parlamentares serão convocadas no fim do ano, como pede a a oposição, ou em 2009.

O Parlamento introduziu recentemente uma emenda à Constituição para que as eleições parlamentares e as presidenciais coincidissem, o que foi mal recebido pela oposição por considerá-la "ilegal".

Quanto ao estado de emergência, Saakashvili afirmou que este será suspenso "nos próximos dias".

Ele justificou a adoção dessa medida extraordinária como "uma resposta forçosa, mas a única adequada às tentativas de destruir a ordem constitucional".

"Defendemos o estado e a democracia. Há documentos que confirmam o envolvimento de forças estrangeiras nestes eventos", afirmou Saakashvili.

O presidente georgiano anunciou ontem a expulsão de três diplomatas russos por manter contatos com a oposição e acusou aos serviços secretos russos de estarem por trás dos protestos dos últimos dias em Tbilisi.

A Rússia respondeu nesta quinta-feira declarando persona non grata três diplomatas georgianos credenciados em Moscou, que terão que deixar território russo nos próximos dias.

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