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10/11/2007 - 23h06

Saída de Ian Blair prejudicaria Scotland Yard, diz prefeito

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da Efe, em Londres

O prefeito de Londres, Ken Livingstone, ressaltou que a independência da Polícia Metropolitana de Londres ficaria "prejudicada" se seu comissário-chefe, Ian Blair, deixasse o cargo em decorrência do caso envolvendo a morte por engano do brasileiro Jean Charles de Menezes.

Em entrevista concedida à BBC, Livingstone disse que, se as críticas à atuação de Blair no episódio da execução por engano do jovem eletricista em 22 de julho de 2005, confundido pela polícia com um terrorista, terminasse na saída do comissário, a situação poderia prejudicar a corporação policial.

O prefeito destacou que tanto o governo britânico quanto as autoridades da Polícia Metropolitana estavam 'empenhados' em que Blair mantivesse o cargo.

"Estamos todos bastante decididos a que a campanha que a imprensa está fazendo não motive a saída do comissário da polícia", afirmou o prefeito.

Blair enfrenta fortes pressões para apresentar sua renúncia, depois que, na semana passada, um tribunal de Londres declarou a Scotland Yard culpada de descumprir a Lei de Segurança e Higiene no Trabalho, de 1974.

A Corte julgava a corporação policial como um todo pelos erros cometidos em 22 de julho de 2005, quando Jean Charles foi executado com oito tiros (sete na cabeça e um no ombro) ao ser confundido com Hussain Osman, um dos terroristas dos atentados fracassados do dia anterior contra a rede de transporte de Londres.

Os ataques de Osman tentaram imitar os cometidos em 7 de julho de 2005 contra o metrô e um ônibus urbano, que deixaram 56 mortos --incluindo os quatro terroristas suicidas-- e cerca de 700 feridos.

Além da decisão do tribunal, na última quinta-feira, a IPCC (sigla em inglês da Comissão Independente de Queixas à Polícia) criticou o comissário-chefe por adiar a investigação da morte do eletricista.

Apesar das críticas a Blair, este reiterou que não deixaria o cargo e ressaltou que pretendia continuar à frente da polícia para aplicar as recomendações feitas pela comissão.

A posição de Ian Blair foi duramente criticada por vários setores políticos, como o partido tory e os liberal-democratas, assim como pelos parentes do brasileiro.

No entanto, Livingstone destacou que é importante o comissário-chefe se manter 'independente' da imprensa e dos políticos.

"É legalmente independente e queremos preservar isto", acrescentou o prefeito londrino.

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