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19/11/2007 - 04h12

Presidente do Camboja durante regime do Khmer Vermelho é preso

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da Efe, em Phnom Penh

O ex-presidente do Camboja Khieu Samphan, que governou durante o regime do Khmer Vermelho, foi detido, nesta segunda-feira (19), pela Polícia local.

Os agentes detiveram Khieu Samphan, de 76 anos, na saída do hospital no qual ele foi internado na semana passada após sofrer um infarto, e de onde saiu diretamente para um furgão blindado, segundo fontes policiais citadas pela imprensa local.

Acredita-se que Samphan será julgado por crimes contra a humanidade pelo Tribunal internacional encarregado de decidir sobre as atrocidades cometidas pelo grupo maoísta entre abril de 1975 e janeiro de 1979.

Prisões

A detenção do ex-presidente do Camboja acontece uma semana depois de o antigo ministro de Relações Exteriores Ieng Sary e de sua esposa, Ieng Thirith, ex-titular de Assuntos Sociais, serem presos pela Polícia local.

A eles se unem Nuon Chea - detido em setembro como antigo braço direito de Pol Pot, líder máximo do Khmer Vermelho, morto em 1998 - e Kang Keng Iev, conhecido como "Duch", preso desde 1999 e que dirigiu o notório centro de detenção de presos políticos de Tuol Sleng, em Phnom Penh.

Há uma semana, Samphan foi transferido de helicóptero de sua residência, em Pailin, a um hospital da capital para receber tratamento médico, em uma iniciativa pessoal do primeiro-ministro cambojano, Hun Sen.

Os defensores da realização do julgamento acreditam que o ex-presidente fornecerá um testemunho vital sobre as ações do Khmer Vermelho, e que sua morte antes de seu depoimento representaria um grande revés para o processo.

Pol Pot

Conhecido por suas fortes críticas contra o governo do golpista Lon Nol, Samphan foi um dos fundadores do movimento maoísta e foi leal até o último momento a Pol Pot.

Sempre que era perguntado sobre os massacres, assegurava que "estava ocupado com o trabalho" e que não se deu conta do sangrento que ocorreu durante a revolução.

Há um mês, o Tribunal internacional citou suas três primeiras testemunhas, todas elas cambojanas que trabalharam ou passaram por Tuol Sleng, onde cerca de 14 mil pessoas morreram.

Quase dois milhões de cambojanos perderam a vida durante o regime do Khmer Vermelho, que governou o Camboja de meados de 1975 a princípios de 1979.

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