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30/11/2007 - 22h59

Chávez ameaça interromper abastecimento de petróleo aos EUA

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da Folha Online

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou nesta sexta-feira que os Estados Unidos estão armando um plano para deflagrar a violência na Venezuela e advertiu que suspenderá o abastecimento de petróleo para o país, na próxima segunda, caso exploda a violência após o referendo constitucional de domingo (02).

O referendo irá decidir se uma reforma constitucional será realizada no país. A proposta de reforma inclui a reeleição presidencial ilimitada, a extensão do mandato do presidente de seis para sete anos e expande os poderes do presidente em relação à economia, Exército e propriedade privada.

Chávez disse que há perigo de ocorrer uma onda de violência como parte de um plano dos Estados Unidos chamado de "Operación Tenaza".

"Se a 'Operación Tenaza' for efetivada no domingo, na segunda-feira não haverá uma gota de petróleo da Venezuela nos Estados Unidos", prometeu Chávez.

"Se, no domingo, ganhar o 'sim', como tudo indica, e aqui, a oligarquia e os 'piti-yanquis' apelarem para a violência, se quiserem nosso petróleo terão de passar 100 anos de guerra na Venezuela".

"Senhor presidente da (estatal do petróleo) PDVSA (Rafael Ramírez), mande rever os embarques de petróleo pendentes para os Estados Unidos".

Chávez também determinou às Forças Armadas que ponham em marcha um plano especial de proteção dos campos petroleiros e das refinarias: "ordeno ao Ministério da Defesa, ao Exército, à Aviação, à Marinha de Guerra e à Guarda Nacional que, a partir de hoje, elabore planos especiais de proteção de nossos campos petroleiros e nossas refinarias".

"A partir desta noite serão ocupados pelo Exército, junto com os trabalhadores da PDVSA", disse Chávez, no discurso de encerramento da campanha para o referendo de reforma da Constituição, que reuniu milhares de pessoas em Caracas.

CIA e referendo

Chávez afirmou ainda ter mais de 15 pontos de vantagem no referendo sobre a reforma constitucional e atribuiu o empate nas pesquisas à ação da CIA, a agência americana de inteligência.

"Não temos menos de 15 pontos" de vantagem, disse Chávez para a multidão reunida na avenida Bolívar, garantindo que as pesquisas foram manipuladas pela CIA, que "pensa, inclusive, em me matar".

"Quem votar no 'não' votará em George W. Bush (presidente dos EUA), eles (os opositores) estão fazendo o jogo sujo do 'Império' americano, nosso verdadeiro inimigo, esta é a batalha".

"Já não sou eu, sou o povo, pertenço a vocês (...) Se o povo venezuelano decidir que governarei até o ano de 2050, até o ano de 2050 governarei".

"Os que votarem no 'sim' estarão votando em Chávez", completou.

Outras propostas de mudança incluem a criação de propriedades comunitárias e permitem ao presidente declarar estados de emergência indefinidos durante os quais o governo pode prender cidadãos sem acusação e censurar a mídia.

Com France Presse

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