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22/12/2001
-
01h04
da Folha de S.Paulo
Cerca de 2.000 convidados acompanharão hoje, em Cabul, a posse do governo interino afegão -que dirigirá o país nos próximos seis meses-, de acordo com Ahmed Fawzi, porta-voz da ONU no Afeganistão.
O chefe do governo interino afegão, o pashtu Hamid Karzai, prestará juramento no Ministério do Interior. Ontem o enviado americano ao Afeganistão, James Dobbins, anunciou que o presidente George W. Bush tinha convidado Karzai a visitar Washington.
Antes da posse de Karzai e da investidura dos 30 membros de seu governo, haverá leitura de trechos do Alcorão e discursos do próprio Karzai, do presidente afegão ainda reconhecido pela ONU, Burhanuddin Rabbani, e do futuro ministro do Interior, Yunis Qanuni. A cerimônia terá início às 11h (3h30 de Brasília).
Segundo Fawzi, membros da força internacional de segurança -que já estão no país- ajudarão as forças afegãs a garantir a segurança do evento. Ele confirmou que o Paquistão, que apoiava o regime do Taleban, estará representado na cerimônia.
Entre as principais figuras do novo governo, além de Qanuni, estão Mohammad Fahim (vice-presidente e ministro da Defesa) e Abdullah Abdullah (ministro das Relações Exteriores). Ademais, a médica Sima Samar será vice-presidente e ministra para assuntos relacionados às mulheres.
Mohamad Zahir Shah, 87, ex-rei afegão, por sua vez, disse ontem acreditar que o novo governo consiga administrar com sucesso a transição política afegã. Ademais, ele anunciou que pretende voltar ao Afeganistão antes de 21 de março próximo, primeiro dia do ano no calendário afegão. Ele se encontra exilado em Roma, na Itália, desde 1973.
O ex-rei conversou na última terça-feira com Karzai, seu amigo e aliado, que foi especialmente à Itália para visitá-lo. Ele poderá desempenhar um papel importante na Loya Jirga (assembléia tradicional afegã) que ocorrerá em seis meses.
Forças internacionais
O primeiro contingente da força multinacional de paz -80 militares britânicos- chegou ontem à capital afegã, no que foi considerado o início oficial de sua missão de seis meses. Ela deverá proteger o governo interino e garantir a segurança em Cabul e nos arredores da cidade.
A força internacional de paz deverá ter entre 3.000 e 5.000 homens e será liderada pelos britânicos. O Reino Unido e a Alemanha devem ser os dois países que enviarão mais soldados ao Afeganistão. Contudo já há quem defenda uma missão internacional limitada. "Eles devem deixar o Afeganistão quando a paz estiver assegurada", afirmou Ghulam Khan, líder local.
O ministro das Relações Exteriores do Irã disse ontem que seu país se opõe à presença de uma força internacional no Afeganistão. De acordo com ele, a presença de militares estrangeiros pode causar instabilidade política no Afeganistão. "A presença de forças estrangeiras pode criar divergências dentro do Afeganistão", disse Kamal Kharrazi.
O Afeganistão precisa de cerca de US$ 9 bilhões nos próximos cinco anos para reconstruir suas infra-estruturas, segundo estudo do Banco Mundial e da ONU.
Com agências internacionais
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Governo interino afegão assume hoje
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Cerca de 2.000 convidados acompanharão hoje, em Cabul, a posse do governo interino afegão -que dirigirá o país nos próximos seis meses-, de acordo com Ahmed Fawzi, porta-voz da ONU no Afeganistão.
O chefe do governo interino afegão, o pashtu Hamid Karzai, prestará juramento no Ministério do Interior. Ontem o enviado americano ao Afeganistão, James Dobbins, anunciou que o presidente George W. Bush tinha convidado Karzai a visitar Washington.
Antes da posse de Karzai e da investidura dos 30 membros de seu governo, haverá leitura de trechos do Alcorão e discursos do próprio Karzai, do presidente afegão ainda reconhecido pela ONU, Burhanuddin Rabbani, e do futuro ministro do Interior, Yunis Qanuni. A cerimônia terá início às 11h (3h30 de Brasília).
Segundo Fawzi, membros da força internacional de segurança -que já estão no país- ajudarão as forças afegãs a garantir a segurança do evento. Ele confirmou que o Paquistão, que apoiava o regime do Taleban, estará representado na cerimônia.
Entre as principais figuras do novo governo, além de Qanuni, estão Mohammad Fahim (vice-presidente e ministro da Defesa) e Abdullah Abdullah (ministro das Relações Exteriores). Ademais, a médica Sima Samar será vice-presidente e ministra para assuntos relacionados às mulheres.
Mohamad Zahir Shah, 87, ex-rei afegão, por sua vez, disse ontem acreditar que o novo governo consiga administrar com sucesso a transição política afegã. Ademais, ele anunciou que pretende voltar ao Afeganistão antes de 21 de março próximo, primeiro dia do ano no calendário afegão. Ele se encontra exilado em Roma, na Itália, desde 1973.
O ex-rei conversou na última terça-feira com Karzai, seu amigo e aliado, que foi especialmente à Itália para visitá-lo. Ele poderá desempenhar um papel importante na Loya Jirga (assembléia tradicional afegã) que ocorrerá em seis meses.
Forças internacionais
O primeiro contingente da força multinacional de paz -80 militares britânicos- chegou ontem à capital afegã, no que foi considerado o início oficial de sua missão de seis meses. Ela deverá proteger o governo interino e garantir a segurança em Cabul e nos arredores da cidade.
A força internacional de paz deverá ter entre 3.000 e 5.000 homens e será liderada pelos britânicos. O Reino Unido e a Alemanha devem ser os dois países que enviarão mais soldados ao Afeganistão. Contudo já há quem defenda uma missão internacional limitada. "Eles devem deixar o Afeganistão quando a paz estiver assegurada", afirmou Ghulam Khan, líder local.
O ministro das Relações Exteriores do Irã disse ontem que seu país se opõe à presença de uma força internacional no Afeganistão. De acordo com ele, a presença de militares estrangeiros pode causar instabilidade política no Afeganistão. "A presença de forças estrangeiras pode criar divergências dentro do Afeganistão", disse Kamal Kharrazi.
O Afeganistão precisa de cerca de US$ 9 bilhões nos próximos cinco anos para reconstruir suas infra-estruturas, segundo estudo do Banco Mundial e da ONU.
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