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03/12/2007 - 09h54

Eleições na Rússia não foram limpas, afirmam observadores internacionais

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da Efe, em Moscou

Os observadores internacionais da Pace (Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa) e da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) afirmaram nesta segunda-feira que as eleições legislativas da Rússia não foram limpas.

"As eleições de domingo não foram limpas e não responderam a muitos dos critérios da OSCE e da Pace", afirma um comunicado conjunto.

O chefe da missão de observadores da Pace, Luc van der Brande, afirmou que, "se a Rússia é uma democracia dirigida, estas eleições também foram dirigidas".

"Quero dizer que infelizmente não houve correspondência com os princípios que existem para estas eleições na comunidade européia democrática", ressaltou.

O observador acrescentou que, no entanto, na Rússia existe uma "democracia formal".

Segundo ele, a comunidade européia confia em que esta "continuará se desenvolvendo e se transformará em uma verdadeira democracia".

Em sua opinião, nas eleições para a Duma "se observou uma pressão sobre os eleitores para que votassem pelo partido no governo", o Rússia Unida, cuja lista é liderada pelo presidente Vladimir Putin.

O presidente da Assembléia Parlamentar da OSCE, Goran Lennmarker, assegurou que as eleições não corresponderam aos padrões da organização.

"Antes de tudo, quero dizer que estas eleições não corresponderam a muitos dos critérios que temos na Europa", disse.

Lennmarker destacou que na Rússia não existe "uma separação real de poderes" do Estado.

"Queria destacar que há uma fusão do Estado com as forças políticas, o que é uma violação das normas internacionais e é inadmissível", acrescentou.

"A imprensa não foi imparcial e deu preferência ao partido no governo, o Rússia Unida, e foram criadas condições desiguais para os partidos políticos pequenos", explicou.

Os observadores da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), no entanto, declararam que as eleições foram "legítimas".

A Comissão Eleitoral Central da Rússia negou hoje que tenham ocorrido irregularidades que possam pôr em dúvida os resultados do pleito.

O presidente da comissão, Vladimir Churov, reconheceu "problemas" em alguns colégios eleitorais e acrescentou que a comissão eleitoral "está estudando" todas as denúncias emitidas.

Logo após o fechamento dos colégios eleitorais, o Partido Comunista denunciou uma "corrente de infrações" que superaram "todos os limites admissíveis" e afirmou que irá aos tribunais.

O Rússia Unida ganhou as eleições de domingo com 64,1% dos votos, segundo dados preliminares da Comissão Eleitoral Central após a apuração de 97,8% das cédulas.

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