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03/01/2002
-
09h22
da France Presse, em Katmandu (Nepal)
Os ministros de Relações Exteriores de Índia e Paquistão se encontraram hoje, pelo segundo dia consecutivo em Katmandu (capital do Nepal), durante reunião regional de países do sul da Ásia. Apesar dos sinais de negociações entre ambos os países, as novas manifestações de violência continuam na Caxemira.
O primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, chegou hoje à capital do Nepal. Espera-se também a chegada do presidente paquistanês, Pervez Musharraf.
Ambos participarão na cúpula da Associação da Ásia do Sul para a Cooperação Regional (SAARC), criada em 1985 e composta por Índia, Paquistão, Sri Lanka, Nepal e Bangladesh.
Os ministros de Relações Exteriores indiano e paquistanês trocaram amplos sorrisos e um aperto de mãos ontem, na abertura dos trabalhos preparatórios para a reunião dos sete países da Ásia do Sul.
Essas manifestações de aproximação se expressaram nos momentos em que o Paquistão deu parcialmente satisfação à Índia, ao deter dezenas de extremistas islamitas das duas organizações assinaladas como responsáveis pelo ataque ao Parlamento indiano no mês passado, que deixou 14 mortos.
Depois de duas semanas de constante escalada da tensão, incluindo sanções e mobilizações dos dois lados da fronteira, a Índia considerou que já foi dado um primeiro passo na luta contra o "terrorismo chegado do outro lado da fronteira".
Mas Nova Déli ainda pede ao Paquistão para reprimir os separatistas de Caxemira que atuam a partir de seu território, enquanto novos incidentes violentos e declarações belicosas fizeram lembrar que o risco de uma guerra não desapareceu.
Ataques
Soldados indianos e paquistaneses protagonizaram um duelo com morteiros na noite de ontem, pelo segundo dia consecutivo, ao longo da fronteira da Caxemira, segundo um porta-voz indiano da Defesa.
Ontem, um ataque com granadas à Assembléia de Srinagar, capital de verão da Caxemira indiana, provocou dois mortos e 16 feridos, segundo novo balanço divulgado hoje.
O atentado foi atribuído a separatistas muçulmanos. Outros nove rebeldes morreram em outros lugares na Caxemira indiana.
Hoje, Vajpayee afirmou que o ataque em Srinagar prova que o Paquistão não tem a intenção de abandonar o terrorismo e disse que as medidas paquistanesas não são suficientes para combater os ataques terroristas, mas declarou que a guerra "não é uma necessidade".
Em Islamabad, o presidente Pervez Musharraf respondeu, manifestando que o Paquistão quer a paz e a redução da tensão, e ainda declarou que se cometerem o erro de atacar o Paquistão, "os indianos se arrependerão de sua decisão".
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
Índia e Paquistão participam de reunião em meio a tensões
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Os ministros de Relações Exteriores de Índia e Paquistão se encontraram hoje, pelo segundo dia consecutivo em Katmandu (capital do Nepal), durante reunião regional de países do sul da Ásia. Apesar dos sinais de negociações entre ambos os países, as novas manifestações de violência continuam na Caxemira.
O primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, chegou hoje à capital do Nepal. Espera-se também a chegada do presidente paquistanês, Pervez Musharraf.
Ambos participarão na cúpula da Associação da Ásia do Sul para a Cooperação Regional (SAARC), criada em 1985 e composta por Índia, Paquistão, Sri Lanka, Nepal e Bangladesh.
Os ministros de Relações Exteriores indiano e paquistanês trocaram amplos sorrisos e um aperto de mãos ontem, na abertura dos trabalhos preparatórios para a reunião dos sete países da Ásia do Sul.
Essas manifestações de aproximação se expressaram nos momentos em que o Paquistão deu parcialmente satisfação à Índia, ao deter dezenas de extremistas islamitas das duas organizações assinaladas como responsáveis pelo ataque ao Parlamento indiano no mês passado, que deixou 14 mortos.
Depois de duas semanas de constante escalada da tensão, incluindo sanções e mobilizações dos dois lados da fronteira, a Índia considerou que já foi dado um primeiro passo na luta contra o "terrorismo chegado do outro lado da fronteira".
Mas Nova Déli ainda pede ao Paquistão para reprimir os separatistas de Caxemira que atuam a partir de seu território, enquanto novos incidentes violentos e declarações belicosas fizeram lembrar que o risco de uma guerra não desapareceu.
Ataques
Soldados indianos e paquistaneses protagonizaram um duelo com morteiros na noite de ontem, pelo segundo dia consecutivo, ao longo da fronteira da Caxemira, segundo um porta-voz indiano da Defesa.
Ontem, um ataque com granadas à Assembléia de Srinagar, capital de verão da Caxemira indiana, provocou dois mortos e 16 feridos, segundo novo balanço divulgado hoje.
O atentado foi atribuído a separatistas muçulmanos. Outros nove rebeldes morreram em outros lugares na Caxemira indiana.
Hoje, Vajpayee afirmou que o ataque em Srinagar prova que o Paquistão não tem a intenção de abandonar o terrorismo e disse que as medidas paquistanesas não são suficientes para combater os ataques terroristas, mas declarou que a guerra "não é uma necessidade".
Em Islamabad, o presidente Pervez Musharraf respondeu, manifestando que o Paquistão quer a paz e a redução da tensão, e ainda declarou que se cometerem o erro de atacar o Paquistão, "os indianos se arrependerão de sua decisão".
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
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