Publicidade
Publicidade
07/01/2002
-
08h29
da France Presse, em Nova Déli
A tensão continua presente na fronteira entre Índia e Paquistão, onde as duas potências nucleares concentraram tropas, apesar dos sinais de calma registrados durante o final de semana.
Ontem, o Exército disse que havia derrubado um avião espião paquistanês sem piloto que penetrou no espaço aéreo indiano em Caxemira. Segundo Nova Déli, o aparelho foi derrubado por um helicóptero do Exército e caiu do lado paquistanês da fronteira, depois de ter penetrado oito quilômetros no espaço aéreo indiano e ter efetuado círculos sobre instalações militares.
Um porta-voz militar paquistanês afirmou que este assunto havia sido "inventado" pelos indianos para dissimular a perda de um de seus próprios aviões sem piloto.
Os dois Exércitos concentraram milhares de soldados de ambas as partes da fronteira indo-paquistanesa depois da crise provocada no mês passado por um atentado suicida contra o Parlamento da Índia, em Nova Déli, que os indianos acham que foi instigado por Islamabad (capital paquistanesa).
As esperanças de uma solução da crise vieram de Katmandu, onde no final de semana foi realizada uma reunião de cúpula de países da Ásia do Sul, que permitiu ao presidente paquistanês, Pervez Musharraf, e o primeiro-ministro indiano, Athal Behari Vajpayee, conversarem diretamente pela primeira vez desde o início da crise.
A parte indiana tentou minimizar a importância desses encontros, mas o jornal indiano "The Hindu" explicou em sua edição de hoje que, ao que parece, os dois países elaboraram um programa suscetível de superar a atual crise militar e levá-los ao reinício do diálogo político.
Segundo o jornal, os diplomatas indianos e paquistaneses discutiram sobre um processo em duas etapas, tendente primeiro a desativar as tensões militares na fronteira e depois a retomar um diálogo político de conjunto.
A Índia apresenta como condição essencial para reiniciar o diálogo com o Paquistão que este último adote medidas contra os grupos islamitas que atacam a parte indiana de Caxemira, partindo de bases paquistanesas.
A condição do Paquistão é que as tropas indianas se afastem da fronteira.
Embora Islamabad tenha efetuado uma série de detenções ns meios islamitas radicais, Nova Déli considera que isto não é suficiente.
A preocupação que provocou na comunidade internacinal a tensão entre os dois países levou o primeiro-ministro britânico Tony Blair a fazer um giro pela região para tentar acalmar a situação.
Por sua parte, os dirigentes norte-americanos devem adotar uma decisão esta semana para o envio de um representante especial, cuja missão consistiria em acalmar a agitação que leva inclusive Washington a temer o fracasso de sua guerra contra o terrorismo na região.
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
Situação entre Índia e Paquistão continua tensa
Publicidade
A tensão continua presente na fronteira entre Índia e Paquistão, onde as duas potências nucleares concentraram tropas, apesar dos sinais de calma registrados durante o final de semana.
Ontem, o Exército disse que havia derrubado um avião espião paquistanês sem piloto que penetrou no espaço aéreo indiano em Caxemira. Segundo Nova Déli, o aparelho foi derrubado por um helicóptero do Exército e caiu do lado paquistanês da fronteira, depois de ter penetrado oito quilômetros no espaço aéreo indiano e ter efetuado círculos sobre instalações militares.
Um porta-voz militar paquistanês afirmou que este assunto havia sido "inventado" pelos indianos para dissimular a perda de um de seus próprios aviões sem piloto.
Os dois Exércitos concentraram milhares de soldados de ambas as partes da fronteira indo-paquistanesa depois da crise provocada no mês passado por um atentado suicida contra o Parlamento da Índia, em Nova Déli, que os indianos acham que foi instigado por Islamabad (capital paquistanesa).
As esperanças de uma solução da crise vieram de Katmandu, onde no final de semana foi realizada uma reunião de cúpula de países da Ásia do Sul, que permitiu ao presidente paquistanês, Pervez Musharraf, e o primeiro-ministro indiano, Athal Behari Vajpayee, conversarem diretamente pela primeira vez desde o início da crise.
A parte indiana tentou minimizar a importância desses encontros, mas o jornal indiano "The Hindu" explicou em sua edição de hoje que, ao que parece, os dois países elaboraram um programa suscetível de superar a atual crise militar e levá-los ao reinício do diálogo político.
Segundo o jornal, os diplomatas indianos e paquistaneses discutiram sobre um processo em duas etapas, tendente primeiro a desativar as tensões militares na fronteira e depois a retomar um diálogo político de conjunto.
A Índia apresenta como condição essencial para reiniciar o diálogo com o Paquistão que este último adote medidas contra os grupos islamitas que atacam a parte indiana de Caxemira, partindo de bases paquistanesas.
A condição do Paquistão é que as tropas indianas se afastem da fronteira.
Embora Islamabad tenha efetuado uma série de detenções ns meios islamitas radicais, Nova Déli considera que isto não é suficiente.
A preocupação que provocou na comunidade internacinal a tensão entre os dois países levou o primeiro-ministro britânico Tony Blair a fazer um giro pela região para tentar acalmar a situação.
Por sua parte, os dirigentes norte-americanos devem adotar uma decisão esta semana para o envio de um representante especial, cuja missão consistiria em acalmar a agitação que leva inclusive Washington a temer o fracasso de sua guerra contra o terrorismo na região.
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice