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28/12/2007 - 07h16

Paquistão mantém calendário eleitoral após assassinato de Bhutto

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da Folha Online

O governo paquistanês decidiu, nesta sexta-feira (28), manter o calendário político com eleições legislativas realizadas em 8 de janeiro, apesar do assassinato da líder oposicionista Benazir Bhutto nesta quinta (27).

Segundo o ministro de Informação, Nisar Memon, o governo não vai mudar o calendário eleitoral. A decisão foi tomada em uma reunião urgente presidida pelo primeiro-ministro Mohammamian Soomro.

Soomro condenou o atentado contra Bhutto, no qual, segundo o jornal The News, morreram outras 28 pessoas e 100 ficaram feridas.

"O governo usará todos os meios para acabar com essa conspiração contra o Paquistão", disse Soomro num discurso à nação. O primeiro-ministro pediu aos paquistaneses que mantenham a calma. Para ele, a instabilidade poderia dificultar a investigação e beneficiar os responsáveis pelo ataque.

A declaração é uma tentativa de evitar o aprofundamento de uma crise política no país, detentor de armas nucleares.

Assassinato

Bhutto foi assassinada após um comício em Rawalpindi, por um atirador que, depois de disparar contra a ex-premiê, detonou explosivos atados ao seu corpo.

O atentado desencadeou uma onda de violência, principalmente na Província de Sindh.

Bhutto, 54, de acordo com pesquisas, seria eleita pela terceira vez para primeira-ministra, em uma eleição que visa estabilizar o país, abalado pela crescente violência perpetrada por extremistas islâmicos.

A ex-premiê, que se encontrava em plena campanha para as eleições de 8 de janeiro, estava há 71 dias no Paquistão. Ela tinha escapado ilesa de um primeiro atentado no dia de seu retorno do exílio.

Na ocasião, cerca de 150 pessoas foram mortas em Karachi quando um homem-bomba tentou atacar o comboio no qual Bhutto viajava.

Boicote

O ex-premiê do Paquistão Nawaz Sharif afirmou que seu partido irá boicotar a eleição de janeiro. Sharif culpou o ditador paquistanês, Pervez Musharraf, que tomou o poder em um golpe de Estado em 1999, por provocar a instabilidade no país.

"Eleições livres não são possíveis na presença de Musharraf", afirmou. "Musharraf é a raiz de todos os problemas."

O ditador impôs o estado de emergência no país em novembro, no que foi visto como uma manobra para impedir o veto da Suprema Corte à sua reeleição a presidente. A medida foi suspensa neste mês.

Musharraf condenou "nos termos mais fortes possíveis o ataque terrorista que resultou na morte trágica de Bhutto e de muito outros paquistaneses inocentes".

"Essa crueldade é o trabalho daqueles terroristas contra os quais lutamos", disse Musharraf. "Busco unidade e apoio da nação (...) não descansaremos enquanto não nos livrarmos desses terroristas."

O ditador decretou três dias de luto, mas não mencionou a eleição em seu breve discurso transmitido pela televisão.

Comentários dos leitores
Sra.Ellen
Reconheço que fui duro nas minhas palavras, mas você que me provocou.Perdão.
Todavia de fato tenho os artigos que comentei.
Livros que já li e emprestei não os tenho mais.
Mas vou te indicar alguns que tenho em mãos:
O mais importante deles é difícil de encontrar é de Élie Barnavi da Editora Cejup A HISTÓRIA UNIVERSAL DOS JUDEUS - 2) Ó JERUSALÉM de Dominique Lapierre e Larry Collins - Círculo do Livro 1971 e 1980 - 3) E A BÍBLIA TINHA RAZÃO... de Werner Keller - Edições Melhoramentos 1958 - 4) O GRANDE CONFLITO de Ellen G.White - Casa Publicadora Brasileira 1981 (vendidos mais de 4 milhões) 5) ISRAEL GOG E O ANTI-CRISTO de Abraão de Almeida - Editora CPAD -6) O PLANO DIVINO ATRAVÉS DOS SÉCULOS de Lawrence Olson - Editora CPAD e alguns mais recentes que você pode encontrar neste site:www.chamada.com.br e www.cpad.com.br
No quesito Oriente Médio um dos maiores especialistas no assunto é o americano Daniel Pipe do site www.midiasemmascara.com.br
Eu não me considero intelectual, sou apenas estudioso e meu principal contato é com alunos, por isso você não achou nada além de comentários em blogs.Mas tudo é válido, seja no contato pessoal ou na opinião " virtual ". Mas as vezes por falta de tempo e espaço não somos felizes nas conclusões das idéias e aí ocorre o desentendimento.
Li alguns comentários seus e achei muito interessante e inteligente, mas não pára somente nessa óptica.Gostei de suas últimas palavras.Vivemos debaixo do mesmo céu e horizontes diferentes
1 opinião
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Ellen . (192) 08/01/2008 17h32
Ellen . (192) 08/01/2008 17h32
Sr. José Nunes
É típica dos pseudo-intelectuais brasileiros a ênfase em sua "superioridade" intectual. Isso é retrato básico de país subdesenvolvido, isto é, enquanto grande parte da população se encontra na ignorância, os "intelectuais", providos de "conhecimento" são os donos da razão e da verdade. Geralmente as personalidades desses indivíduos assemelham-se aos dos "déspotas esclarecidos".
Procurei o seu nome no lattes e no google pensando em encontrar referências e artigos seus, mas só encontrei uma pessoa que ama fazer comentários em blogs.
Eu respeito a sua opinião, mas favor, não queria impor neste espaço verdades absolutas. A história já está cheia disso.
Mas já que você gosta tanto de história do Oriente (confesso que sou apaixonada) poderia nos indicar alguns livros interessantes? Se quiser também posso passar alguns que já li. É muito melhor a troca de informações do que insultos e propagandas de glórias individuais, não acha?
24 opiniões
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porfirio sperandio (351) 08/01/2008 07h50
porfirio sperandio (351) 08/01/2008 07h50
A pedido de alguns, Do Dialogo do Inferno,
(eu acredito) falam Maquiavel e Montesquieu:
"O problema capital do nosso governo é enfraquecer o espírito público pela crítica; fazer-lhe perder o hábito de pensar, porque a reflexão cria a oposição; distrair as forças do espírito, em vãs escaramuças de eloqüência. Em todos os tempos, os povos, mesmo os mais simples indivíduos, tomaram as palavras como realidades, porque se satisfazem com a aparência das coisas e raramente se dão ao trabalho de observar se as promessas relativas à vida social foram cumpridas. Por isso, nossas instituições terão uma bela fachada..." [Protocolo 5, reiterado no Protocolo 10; ênfase adicionada]
"Para tomar conta da opinião pública, é preciso torná-la perplexa, exprimindo de diversos lados e por tanto tempo tantas opiniões contraditórias que os gentios acabarão perdidos no seu labirinto e convencidos de que, em política, o melhor é não ter opinião." [Protocolo 5; ênfase adicionada]
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