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Servidores franceses entram em greve contra corte de empregos
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da Folha Online
Servidores públicos franceses entraram em greve nesta quinta-feira, prejudicando o funcionamento de escolas e hospitais no país.
No ato --convocado por sindicatos que representam 5 milhões de trabalhadores--, os trabalhadores protestavam contra o corte de quase 23 mil empregos, anunciado pelo governo, e exigiam aumentos salariais.
As paralisações intensificam a pressão contra o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que já vem enfrentando uma queda em sua popularidade, por conta da exposição de sua vida privada e o ceticismo sobre as melhorias que seu governo poderá trazer para os trabalhadores.
Em novembro passado, Sarkozy teve de lidar com uma greve geral que paralisou os transportes públicos. Na ocasião, os sindicalistas reclamavam da reforma do sistema de aposentadorias especiais.
Hoje pela manhã, o Ministério da Educação estimou que cerca de um terço dos professores estavam em greve. Os sindicatos reivindicam aumento real de 2,8% em dezembro.
Segundo os sindicalistas, porém, não há acordo com o ministro do Orçamento da França, Eric Woerth, que anunciou planos de cortar 22.900 empregos públicos neste ano.
"Por enquanto, as conversas estão fechadas. Não vejo nas declarações do ministro uma mudança de posição", afirmou Bernard Thibault, líder da central sindical CGT.
"O dia das mobilizações irá, espero, fazê-los perceber que sua posição não é sustentável", acrescentou.
Woerth disse lamentar a ação, mas afirmou esperar que os sindicalistas continuem a negociar na próxima reunião, marcada para o dia 18 de fevereiro.
"Eu respeito aqueles que entraram em greve, mas ao mesmo tempo digo a eles que não há razão para isso. Vamos conversar", disse ao canal de televisão LCI, após afirmar que não recuará dos planos de cortar vagas no funcionalismo.
Com Reuters
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