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27/01/2008 - 03h56

Barack Obama vence primária na Carolina do Sul graças ao voto negro

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da Folha Online

O senador Barack Obama venceu hoje por uma ampla vantagem nas primárias do partido democrata em Carolina do Sul, onde recebeu o dobro dos votos da senadora Hillary Clinton. O esmagador apoio da população negra foi determinante para a vitória do pré-candidato, que poderia ser o primeiro presidente negro dos Estados Unidos.

O senador por Illinois conquistou 55% dos votos, o dobro da ex-primeira-dama, que obteve 27%. O ex-senador John Edwards totalizou 18% nas urnas.

O resultado de hoje representa um duro revés para Edwards, devido às expectativas que tinha de obter uma boa colocação no Estado que lhe viu nascer --e onde ganhou em 2004 frente a seu oponente, John Kerry.

O fato de metade dos cidadãos que foram votar ser afro-americana, segundo as pesquisas de boca-de-urna, poderia ter ajudado o senador a vencer esta disputa, na qual houve uma grande polarização racial dos eleitores.

De fato, oito de cada dez eleitores afro-americanos que compareceram às urnas votaram em Obama, enquanto apenas dois escolheram a ex-primeira-dama dos Estados Unidos.

Questão racial

Em sua primeira aparição pública após obter a vitória, Obama tentou, segundo os analistas políticos, amenizar a tensão racial que houve na campanha nos últimos dias, e evitar, portanto, que seja considerado "o candidato dos afro-americanos", o que poderia prejudicá-lo no resto do país.

"Nestas eleições não se trata de escolher segundo a região de cada um, a religião ou o gênero. Não se trata de ricos contra pobres, jovens contra velhos, nem brancos contra negros. Trata-se (de uma batalha) do passado contra o futuro", disse publicamente.

"Estive vários dias viajando pelo Estado, e eu não vi uma Carolina do Sul branca e outra negra. Vi uma só Carolina do Sul", afirmou.

Após suas derrotas em New Hampshire e Nevada, o senador se coloca novamente na primeira linha de ataque frente às eleições em outros Estados do sul, como Geórgia e Tennessee, onde a população negra também é majoritária.

Ele se situa ainda em uma posição muito cômoda perante a grande reunião eleitoral que ocorrerá no dia 5 de fevereiro, quando 22 Estados definirão seus candidatos para a disputa à Presidência.

Super Terça

Nesta data, conhecida como a "super terça", votarão mais da metade dos delegados que irão à Convenção Democrata no final de janeiro, na qual se proclamará oficialmente o candidato presidencial.

A ex-primeira-dama já tinha antecipado sua derrota, o que lhe permitiu fazer campanha nos últimos dias em outros Estados onde tem mais chances, como Nova York, Nova Jersey e Pensilvânia.

A senadora, que está a caminho do Tennessee para participar amanhã em atos eleitorais, emitiu um comunicado no qual felicita o rival por sua vitória e agradece os votos recebidos.

Hoje, o próprio Bill Clinton subiu no palanque para reconhecer publicamente a vitória de Obama e para insistir em que sua esposa é a melhor preparada para alcançar a Presidência dos Estados Unidos e para devolver a prosperidade e segurança da qual o país precisa.

Tensão verbal

A campanha desenvolvida na Carolina do Sul se caracterizou por uma grande tensão e agressividade verbal entre Obama e Bill Clinton, que permaneceu no Estado enquanto sua esposa participava de atos eleitorais no litoral leste do país.

Esta semana, Bill Clinton participou de uma troca de acusações com Obama sobre seu histórico da defesa dos direitos civis e seu apoio à comunidade afro-americana.

O senador de Illinois se queixou da agressividade de Bill Clinton, alegando que não sabia contra qual dos dois Clinton estava concorrendo.

Alguns observadores chegaram a dizer que parecia que o ex-presidente estava lutando para ganhar um terceiro mandato.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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