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03/03/2008 - 15h51

Membro das Farc morto em ataque era contato da França

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da Folha Online

A morte de Raúl Reyes, 59, um dos principais líderes da guerrilha Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), durante ataque de forças colombianas contra a guerrilha no último sábado (1º), é um revés para a França, que tinha o guerrilheiro como um contato para negociar a libertação da ex-candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, mantida refém das Farc há seis anos.

"Evidentemente, não é uma boa notícia que o homem com quem havíamos falado esteja morto", disse o chanceler francês, Bernard Kouchner, durante entrevista para a rádio France Inter. "Em todo caso, devemos redobrar nossos esforços. Devemos recuperar Ingrid Betancourt. Ela deve sair [do cativeiro] porque é uma urgência médica e humana. Não se trata mais de necessitarmos de um acordo humanitário, mas de uma gesto por parte das Farc", acrescentou.

20.ago.2003/João Wainer/Folha Imagem
Raúl Reyes, um dos pricipais líderes das Farc, morto no sábado pela Colômbia
Raúl Reyes, um dos pricipais líderes das Farc, morto no sábado pela Colômbia

Os seis reféns [todos ex-congressistas colombianos] libertados pelas Farc recentemente relataram que a franco-colombiana Betancourt se encontra muito mal de saúde e sofre de hepatite B. Em carta enviada à família, no ano passado, Betancourt deu sinais de que está à beira do desespero, dizia que perdeu o apetite, que não come, e que seu cabelo caía "em grande quantidade". "Aqui vivemos mortos", disse na carta.

Kouchner afirmou que o mais importante para a França é conseguir a libertação de todos os reféns das Farc, mas primeiramente a de Betancourt, seja através da Venezuela de Chávez (Hugo, presidente), da Colômbia de Uribe (Álvaro, presidente) ou do Equador de Correa (Rafael, presidente). O chanceler francês disse ainda que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, está se dedicando "dia e noite" à questão de Betancourt, sempre em contato com os líderes de Venezuela, Colômbia e Equador.

30.nov.2007/AP
A refém franco-colombiana Ingrid Betancour, detida pela guerrilha Farc há seis anos
A refém franco-colombiana Ingrid Betancour, detida pela guerrilha Farc há seis anos

Embora as Farc tenham dito que o ataque levado a cabo pela Colômbia não vai barrar as negociações pela troca de reféns por guerrilheiros detidos, o ataque deve, sim, gerar algum tipo de reação da guerrilha referente à libertação de reféns --única "arma" das Farc para negociar com o governo da Colômbia pela soltura de seus guerrilheiros e conseguir também o "desmantelamento do paramilitarismo estatal".

No dia 10 de janeiro último, Clara Rojas e Consuelo González foram libertadas pelas Farc, após quase seis anos mantidas em cativeiro. Na última quarta-feira (27), a guerrilha entregou
quatro ex-parlamentares a uma comitiva liderada pelo governo venezuelano e pela senadora oposicionista colombiana Piedad Córdoba, os libertados foram Gloria Polanco de Lozada, Orlando Beltrán Cuéllar, Luis Eladio Pérez Bonilla e Jorge Eduardo Gechem Turbay.

Com imprensa colombiana e Efe

 

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