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Membro das Farc morto em ataque era contato da França
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da Folha Online
A morte de Raúl Reyes, 59, um dos principais líderes da guerrilha Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), durante ataque de forças colombianas contra a guerrilha no último sábado (1º), é um revés para a França, que tinha o guerrilheiro como um contato para negociar a libertação da ex-candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, mantida refém das Farc há seis anos.
"Evidentemente, não é uma boa notícia que o homem com quem havíamos falado esteja morto", disse o chanceler francês, Bernard Kouchner, durante entrevista para a rádio France Inter. "Em todo caso, devemos redobrar nossos esforços. Devemos recuperar Ingrid Betancourt. Ela deve sair [do cativeiro] porque é uma urgência médica e humana. Não se trata mais de necessitarmos de um acordo humanitário, mas de uma gesto por parte das Farc", acrescentou.
20.ago.2003/João Wainer/Folha Imagem |
Raúl Reyes, um dos pricipais líderes das Farc, morto no sábado pela Colômbia |
Os seis reféns [todos ex-congressistas colombianos] libertados pelas Farc recentemente relataram que a franco-colombiana Betancourt se encontra muito mal de saúde e sofre de hepatite B. Em carta enviada à família, no ano passado, Betancourt deu sinais de que está à beira do desespero, dizia que perdeu o apetite, que não come, e que seu cabelo caía "em grande quantidade". "Aqui vivemos mortos", disse na carta.
Kouchner afirmou que o mais importante para a França é conseguir a libertação de todos os reféns das Farc, mas primeiramente a de Betancourt, seja através da Venezuela de Chávez (Hugo, presidente), da Colômbia de Uribe (Álvaro, presidente) ou do Equador de Correa (Rafael, presidente). O chanceler francês disse ainda que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, está se dedicando "dia e noite" à questão de Betancourt, sempre em contato com os líderes de Venezuela, Colômbia e Equador.
30.nov.2007/AP |
A refém franco-colombiana Ingrid Betancour, detida pela guerrilha Farc há seis anos |
Embora as Farc tenham dito que o ataque levado a cabo pela Colômbia não vai barrar as negociações pela troca de reféns por guerrilheiros detidos, o ataque deve, sim, gerar algum tipo de reação da guerrilha referente à libertação de reféns --única "arma" das Farc para negociar com o governo da Colômbia pela soltura de seus guerrilheiros e conseguir também o "desmantelamento do paramilitarismo estatal".
No dia 10 de janeiro último, Clara Rojas e Consuelo González foram libertadas pelas Farc, após quase seis anos mantidas em cativeiro. Na última quarta-feira (27), a guerrilha entregou
quatro ex-parlamentares a uma comitiva liderada pelo governo venezuelano e pela senadora oposicionista colombiana Piedad Córdoba, os libertados foram Gloria Polanco de Lozada, Orlando Beltrán Cuéllar, Luis Eladio Pérez Bonilla e Jorge Eduardo Gechem Turbay.
Com imprensa colombiana e Efe
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