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Correa agradece condenação do Brasil a ataque militar colombiano
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da Agência Brasil
O presidente do Equador, Rafael Correa, agradeceu o fato de o governo brasileiro ter condenado, desde o princípio, a ação militar colombiana contra guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território equatoriano.
Em coletiva de imprensa na noite desta terça-feira (4), logo após desembarcar em Brasília, Correa definiu a postura brasileira como "firme, ética e digna".
"Sem titubear, sem duvidar, sem esperar que mentirosos tratem de justificar o injustificável, condenaram a agressão", disse Correa, citando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
Questionado sobre a falta de ações mais incisivas por parte da diplomacia brasileira, o presidente do Equador disse que espera uma reação mais forte da Organização dos Estados Americanos (OEA) assim que ficarem esclarecidas as condições da ação armada.
O governo brasileiro apenas sugeriu que a OEA crie uma comissão para investigar as circunstâncias do ataque colombiano.
Segundo Correa, o presidente Lula teria lhe dito que não poderia condenar a Colômbia antes da apuração dos fatos. "A comissão que será criada vai verificar que o ataque em nosso território foi premeditado e aí, sim, se condenará a Colômbia", afirmou.
Em outro momento da entrevista, porém, Correa deu a entender que a reação do Brasil teria sido outra caso o ataque armado fosse em território brasileiro. "O que teria acontecido se a Colômbia bombardeasse o Brasil? Estaríamos em guerra", disse. "Por acaso estariam pedindo ajuda à OEA ou teriam respondido?", indagou.
Política de guerra
O presidente equatoriano acusou a Colômbia de reproduzir a política de guerra dos Estados Unidos e atacar qualquer país onde considere que existam terroristas. "Uma punhalada no peito foi o que fez o presidente Uribe. Não contente com isso, criou toda esta tramóia", afirmou, referindo-se aos supostos computadores apreendidos pelo governo colombiano no acampamento bombardeado das Farc em território equatoriano.
Correa negou veementemente qualquer apoio do Equador às Farc, conforme denunciado pela Colômbia, e frisou que o país mantém 11 mil soldados na fronteira apenas por causa do conflito entre o governo colombiano e os grupos terroristas.
Em condições normais, segundo ele, seriam necessários apenas 3 mil homens. "A própria Colômbia não consegue manter suas fronteiras sob controle, apesar de todo o apoio financeiro que recebe dos Estados Unidos", provocou.
Embora tenha rompido relações diplomáticas com a Colômbia, Correa disse que seu país está usando todos os meios para uma solução pacífica para a crise com o país vizinho.
Ele, no entanto, salientou que está disposto a ir "até as últimas conseqüências" para fazer com que se respeite a soberania do Equador e para buscar uma reparação para a ação armada colombiana. "A soberania não é negociável", declarou.
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