Publicidade
Publicidade
Colômbia e Equador retomam negociações sobre resolução da OEA
Publicidade
da Efe, em Washington e Bogotá
A Colômbia e o Equador retomaram nesta quarta-feira as conversas para alcançarem um acordo quanto ao conteúdo de uma resolução da OEA (Organização dos Estados Americanos) sobre a crise diplomática gerada após de uma operação militar colombiana em território equatoriano (na qual morreu o líder das Farc conhecido como Raúl Reyes, cujo verdadeiro nome era Luis Edgar Devia).
As negociações, adiadas nesta madrugada por falta de consenso, foram reiniciadas às 12h (em Brasília) na sede da OEA, em Washington.
Um grupo de trabalho, liderado pelo embaixador do Panamá, Arístides Royo, e pelo secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, tenta mediar as partes para que elas cheguem a um acordo, em uma reunião extraordinária do Conselho Permanente, convocada inicialmente para as 13h (em Brasília).
O presidente do conselho, Cornelius Smith, que também participa da reunião, decidiu adiar durante a madrugada as negociações --segundo ele "intensas, mas amistosas"-- após seis horas sem chegar a um consenso sobre o texto da resolução.
Ao chegar à sede da OEA hoje Insulza não revelou detalhes da reunião nem avanços obtidos até o momento. "Vamos ver o que acontece agora", disse.
Royo afirmou que "seu ânimo" estava bem e se mostrou cheio de expectativas em relação à reativação das conversas.
Após a suspensão da reunião do conselho, Equador e Colômbia optaram por continuar por algumas horas as negociações para definirem suas posturas nas negociações de hoje, segundo fontes diplomáticas colombianas ouvidas pela agência de notícias Efe. Segundo as fontes, no entanto, os dois países continuam na mesma dificuldade que tem impedido o acordo até agora.
A Colômbia diz que pode chegar a um texto que agrade as duas partes e que ainda hoje deve-se obter uma resolução sobre o conflito com o Equador, após a ofensiva militar colombiana em território equatoriano contra um acampamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
As duas propostas apresentadas ontem à noite pelo Equador têm o objetivo de condenar a violação da Colômbia ao território e à soberania de seu vizinho, ou pelo menos a reafirmação de que o território de um Estado é inviolável.
O Equador também propôs a criação de uma comissão para visitar os dois países e elaborar um relatório e propostas a serem encaminhadas à reunião de chanceleres --pedido que não agradou muito à Colômbia, que diz que não é preciso investigar os fatos, já que reconheceu sua incursão em território equatoriano.
As duas partes pareciam concordar na convocação de uma reunião de consulta de ministros das Relações Exteriores, que não teve a data marcada.
Em seu último projeto de resolução, o Equador propôs o dia 17 de março, mas vários países preferiram adiar um pouco mais, para 25 de março, para que a comissão (que deve ser constituída) tenha tempo de elaborar um relatório.
Ontem à noite o embaixador da Colômbia na OEA, Camilo Ospina, disse que as partes não concordam "em duas ou três frases" do texto, que pode ser modificado hoje segundo as propostas e a flexibilidade dos dois países.
O Equador chamou ontem à noite a postura da Colômbia de "intransigente e fechada"; em resposta, o governo colombiano disse que "infelizmente" alguns aspectos do texto "não foram suficientes" para o Equador.
Juristas
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, aceitou examinar com uma comissão de juristas a anunciada denúncia contra seu colega venezuelano, Hugo Chávez, ao TPI (Tribunal Penal Internacional), afirmou hoje o ex-chefe de Estado colombiano Ernesto Samper.
"Uribe recebeu democraticamente essas observações, e disse que consultaria uma comissão de juristas para revisar e examinar a denúncia", disse Samper.
O ex-presidente disse que essa foi uma das conclusões da reunião realizada nesta terça-feira na Casa de Nariño (sede do governo colombiano) pela Comissão Assessora de Relações Exteriores da Colômbia.
A comissão é composta por ex-presidentes, seis membros escolhidos pelo Congresso (três pelo Senado e três pela Casa dos Representantes), e duas pessoas designadas pelo presidente.
Samper revelou que, durante a reunião, os integrantes pediram que Uribe reconsiderasse a denúncia contra Chávez, anunciada horas antes pelo presidente colombiano. "A Colômbia se propõe a denunciar Hugo Chávez, presidente da Venezuela, no TPI por patrocínio e financiamento de genocidas", disse Uribe ontem a jornalistas.
Na segunda-feira (3), o governo colombiano afirmou que se dispunha a pedir que a OEA investigue uma suposta doação de US$ 300 milhões feita por Caracas às Farc, assim como o fornecimento de armas à guerrilha.
Computadores
A suposta doação de Chávez às Farc e o fornecimento de armas foram denunciados após a análise de dados obtidos em um dos computadores de Reyes confiscados pelas tropas colombianas após o bombardeio de seu acampamento em território equatoriano.
Samper também revelou que houve posturas "diferentes" na reunião da comissão sobre a operação que o Exército colombiano realizou no Equador, mas todos concordaram em respaldar as atitudes para normalizar as relações com este país e com a Venezuela.
A mesma comissão expressou, em um comunicado, seu repúdio ao ocorrido e ao fato de que os países vizinhos "abriguem grupos terroristas" em seus territórios.
O Equador decidiu romper relações diplomáticas com a Colômbia na segunda-feira, após a incursão militar colombiana em seu território na madrugada de sábado, que resultou na morte de Reyes e de outros 20 guerrilheiros. Na Venezuela, o governo expulsou toda a representação diplomática colombiana em Caracas, liderada pelo embaixador Fernando Marín.
Leia mais
- Correa chama Uribe de "traidor" e cobra ação da OEA; Lula quer solução diplomática
- Veja local da operação militar colombiana contras as Farc no Equador
- Veja como foi o ataque colombiano às Farc no Equador
- Equador irá até as últimas conseqüências para manter soberania, diz Correa
- Cronologia da crise entre Equador, Colômbia e Venezuela
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
Minha nossa além de sustentar toda essa turma, ainda me arrumam estrangeiros sobre minhas costas, o povo não aguenta tanta desfasatez
avalie fechar
Tó fora...
avalie fechar
avalie fechar