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Líderes da oposição do Paquistão assinam acordo para governo de coalizão
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da Efe, em Islamabad
Os líderes dos dois principais partidos de oposição do Paquistão, Asif Ali Zardari, do Partido Popular do Paquistão (PPP), e o ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, da Liga Muçulmana do Paquistão-Nawaz (PML-N), assinaram neste domingo uma declaração formal sobre a formação de um governo de coalizão.
Após uma longa reunião, os dois líderes concederam uma entrevista coletiva conjunta, na qual definiram que tanto o cargo de primeiro-ministro quanto o de presidente do Parlamento ficarão com o PPP. Os dois partidos venceram a eleição parlamentar em fevereiro sobre os aliados do ditador Pervez Musharraf.
Zardari --viúvo da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em 27 de dezembro de 2007-- considerou o acordo "histórico", e destacou que espera que o Paquistão possa continuar "no caminho da democracia, apesar dos graves problemas que tem enfrentado".
O PPP e a PML-N já haviam decidido formar uma coalizão junto com o Partido Nacionalista Awami (ANP), mas, nos últimos dias, havia especulações de que o partido de Sharif daria apenas apoio parlamentar externo à legenda de Zardari.
Na declaração conjunta deste domingo, Sharif e Zardari pediram que Musharraf convoque "o mais rápido possível" a primeira sessão plenária do Parlamento, eleito em 18 de fevereiro.
Sharif voltou a insistir em que Musharraf "deve aceitar o veredicto do povo" e o chamou de "presidente ilegal e inconstitucional".
"Já tivemos o suficiente, não existe espaço para ditadura neste país, ela deve acabar já", disse Sharif, acrescentando que Musharraf trouxe "problemas ao Paquistão", e que deve "permitir que o novo governo eleito dirija o país de maneira democrática".
Nas declarações, não houve nenhuma menção ao nome do futuro primeiro-ministro nem detalhes sobre a distribuição dos ministérios. Fontes citadas pelo canal privado Dawn afirmaram que essas negociações acontecerão nesta semana.
O PPP e a PML-N também formarão um governo na Província de Punjab, onde o partido de Sharif, que saiu das urnas com mais cadeiras nas últimas eleições nessa localidade, ficará com a Presidência da Assembléia.
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