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09/03/2008 - 15h17

Taxa de participação nas eleições espanholas atinge 61%

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da Folha Online

A taxa de participação nas eleições gerais deste domingo na Espanha era de 61,01% às 18h locais (14h de Brasília), dois pontos percentuais a menos que o índice registrado na mesma hora na eleição de 2004 (63,02%), informou o secretário de Estado de Comunicações, Fernando Moraleda.

As eleições de 2004 acabaram registrando uma participação recorde dos eleitores, sendo que ocorreram três dias depois dos atentados de 11 de março, que provocaram 191 mortes.

A participação deste domingo às 14h locais (10h de Brasília), no entanto, era superior aos 36,5% registrados na mesma hora em 2000, que deram maioria absoluta para o segundo mandato do conservador José María Aznar (1996-2004).

Todos os partidos políticos fizeram um chamado pela participação neste domingo, especialmente depois do assassinato, na última sexta-feira, do ex-vereador socialista Isaias Carrasco no País Basco. O atentado foi atribuído ao ETA (Euskadi Ta Askatasuna, Pátria Basca e Liberdade).

"A Espanha é mais forte se a democracia for mais forte, e a democracia é mais forte se todos os cidadãos comparecerem às urnas", afirmou neste domingo à imprensa o presidente do governo espanhol e candidato à reeleição pelo PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), José Luis Rodríguez Zapatero, logo depois de ter votado.

O seu rival, Mariano Rajoy, do PP (Partido Popular) pediu que espanhóis votem pensando em si mesmos e no futuro do país. Rajoy falou com os jornalistas após depositar seu voto junto com a mulher, Elvira Fernández, também em Madri.

As eleições gerais tiveram início com "absoluta normalidade" e sem incidentes significativos em todo o país, informou o secretário de Estado de Comunicação espanhol, Fernando Moraleda. "A normalidade é a nota característica", disse Moraleda, o que mostra que "nossa democracia funciona com normalidade".

Pesquisa

Os socialistas espanhóis têm uma vantagem sobre os conservadores de cerca de quatro pontos percentuais, segundo três pesquisas publicadas no último dia em que estava autorizada a divulgação de previsões sobre as eleições.

Sergio Perez/Reuters
Spanish Prime Minister Jose Luis Rodriguez Zapatero and his wife Sonsoles Espinosa (R) cast their ballots in Spain's general elections at a Madrid polling station March 9, 2008. REUTERS/Sergio Perez (SPAIN)
O primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero vota nas eleições deste domingo

Segundo uma pesquisa do jornal "El Mundo", o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) receberia 43,4% dos votos, contra 39,3% do PP. Com o resultado, o PSOE conseguiria entre 157 e 171 deputados, contra 148 a 161 para o PP de Rajoy.

Nas últimas legislativas de março de 2004, o PSOE recebeu 42,59% dos votos (164 deputados) contra 37,71% (148) para o PP.

As pesquisas confirmaram a tendência dos últimos meses, já que Zapatero sempre apareceu à frente de Rajoy, há alguns dias com uma diferença de apenas 1,5 ponto percentual, mas que aumentou nos últimos dias para o candidato socialista.

No entanto, os cientistas políticos analisam as pesquisas com prudência, já que nas últimas quatro eleições legislativas as previsões não acertaram o resultado.

Atentados

Em 2004, as eleições foram vencidas por Zapatero depois da tragédia dos atentados de Madri, que matou 191 pessoas, três dias antes da eleição. "Como há quatro anos, o encontro com as urnas é marcado por um ato de terrorismo, desta vez pelas mãos de um covarde pistoleiro do ETA", dizia o jornal "El País". O crime não foi reivindicado, mas atribuído por todos aos separatistas bascos.

Ontem, a filha do ex-vereador assassinado, Sandra Carrasco, pediu aos espanhóis que respondessem com uma manifestação diante da prefeitura de suas cidades. Ela incentivou ainda as pessoas a irem massivamente às urnas votar.

"Os que querem se solidarizar com meu pai e nossa dor devem votar no domingo para dizer aos assassinos que nós os venceremos. Eu, minha família, minha mãe, iremos votar, e o que eu peço é que todo mundo vote", afirmou ela. Ela também pediu para que não houvesse "manipulação" política do assassinato de seu pai.

Cerca de 35 milhões de espanhóis podem votar neste domingo para a renovação dos 350 assentos do Congresso e 208 das 264 cadeiras do Senado. Podem decidir, ainda, se dão um segundo mandato ao socialista Zapatero ou se levam o conservador Mariano Rajoy ao poder.

Com informações da France Presse e Efe

 

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