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13/03/2008 - 03h57

Ramos-Horta identifica autor de disparos em atentado de fevereiro

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da Efe, em Sydney

O presidente de Timor Leste, José Ramos-Horta, afirmou que foi baleado no atentado de 11 de fevereiro por Marcelo Caetano, um dos soldados rebeldes expulsos do Exército em 2006.

Arsénio Ramos-Horta, irmão do chefe de Estado, afirma que o próprio presidente identificou seu agressor. Ramos-Horta acolheu Caetano quando o soldado foi baleado durante a onda de violência de 2006, informou nesta quinta-feira o jornal australiano "The Age".

"O presidente o reconheceu. Este homem tem de ser levado à Justiça", disse Arsénio.

O chefe de Estado de Timor Leste recebeu três tiros, dois nas costas e um no estômago, em um ataque em frente a sua casa perpetrado por soldados renegados leais ao comandante Alfredo Reinado, que morreu no tiroteio.

Ele foi operado com urgência em Díli e trasladado imediatamente a Darwin (Austrália) em um coma induzido pelos médicos, enquanto o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, escapou ileso de outro ataque.

Rebeldes

O presidente falou nesta quarta pela primeira vez desde o atentado. De sua cama do hospital de Darwin, Ramos-Horta agradeceu ao governo australiano pela ajuda em sua recuperação e as demonstrações de apoio de diversos líderes mundiais.

Gusmão anunciou na terça-feira que o diálogo com os rebeldes está esgotado e que a via militar é "a única saída", depois de as forças de segurança terem retomado na segunda-feira a operação de busca dos militares renegados, agora liderados por Gastão Salsinha.

Salsinha foi o braço direito de Reinado, que em meados de 2006 liderou os protestos de 599 militares expulsos do Exército por insubordinação, o que gerou uma onda de violência na qual morreram 37 pessoas.

A crise também levou ao desdobramento das forças estrangeiras de paz lideradas pela Austrália e as Nações Unidas, e forçou a renúncia do então chefe do Executivo, Mari Alkatiri.

Timor Leste, que alcançou a independência em 2002 como uma das nações mais pobres do mundo, encontra-se imerso desde então em uma instabilidade política que não conseguiu superar após as eleições presidenciais e legislativas realizadas no ano passado.

 

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