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Ramos-Horta deixa hospital cinco semanas após atentado
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da Efe, em Sydney
O presidente de Timor Leste, José Ramos-Horta, deixou nesta terça-feira o hospital australiano onde estava internado desde o atentado que sofreu no dia 11 de fevereiro, anunciou seu porta-voz, Joel Pereira.
Ramos-Horta recebeu alta após cinco semanas hospitalizado em Darwin, cidade para a qual foi levado após uma cirurgia de urgência. O presidente timorense foi baleado no último dia 11 de fevereiro com dois tiros nas costas e um no estômago.
O Nobel da Paz foi atacado em frente a sua casa por soldados renegados leais ao comandante Alfredo Reinado, que morreu no tiroteio, enquanto o primeiro-ministro do país, Xanana Gusmão, escapou ileso no mesmo dia de outro atentado contra seu veículo oficial.
Na semana passada, ainda no hospital, Ramos-Horta reconheceu o atirador que o feriu. Marcelo Caetano, um dos soldados rebeldes expulsos do Exército em 2006, foi apontado como culpado.
Caetano fazia parte do grupo de soldados renegados leais ao comandante Alfredo Reinado, que morreu no tiroteio.
Logo após a declaração de Ramos-Horta, Gusmão anunciou que o diálogo com os rebeldes está esgotado e que a via militar é a única saída depois de as forças de segurança terem retomado na segunda-feira a operação de busca dos militares renegados.
Timor Leste, que alcançou a independência em 2002 como uma das nações mais pobres do mundo, encontra-se imerso desde então em uma instabilidade política que não conseguiu superar após as eleições presidenciais e legislativas realizadas no ano passado.
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