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Dois dias após ação que matou 200, Bush defende estratégia no país
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da Folha Online
O presidente americano, George W. Bush, defendeu nesta sexta-feira a estratégia americana no Iraque, apenas dois dias depois de uma série de ataques que deixou 200 mortos no país.
As declarações foram dadas por Bush um dia depois de a oposição democrata afirmar que o conflito é uma "guerra perdida". No discurso feito hoje no Michigan, o líder dos EUA afirmou que a guerra já toma "uma nova direção" e que a nova estratégia agrada os americanos.
"Apesar dos terríveis ataques no Iraque, como os atentados de quarta-feira (18) em Bagdá, a direção do conflito começa a mudar", afirmou o presidente dos EUA.
No pior ataque registrado na quarta-feira --o segundo dia mais sangrento desde a invasão da coalizão liderada pelos Estados Unidos, em 2003-- ao menos 140 pessoas morreram no mercado de Sadriyah, em Bagdá. Em 3 de fevereiro, o mesmo mercado havia sofrido outro ataque, no qual ao menos 127 pessoas morreram.
Stefan Zaklin/Efe |
O presidente americano, George W.Bush, defende estratégia dos EUA no Iraque |
O recorde é de 23 de novembro de 2006, quando a explosão coordenada de vários carros-bomba matou 202 pessoas no bairro de Sadr City, na capital --ao menos 256 foram mortas em todo o país, segundo a contagem da agência de notícias Associated Press.
Em outro ataque também na quarta-feira, um carro-bomba conduzido por um suicida matou 30 pessoas nas proximidades de um posto de checagem em Sadr City, bairro predominantemente xiita na periferia de Bagdá que abriga a base do clérigo Moqtada al Sadr.
Ele prega a saída das tropas americanas do Iraque. Um terceiro carro-bomba matou outros dez em Bagdá. Outros 11 civis morreram e 13 ficaram feridos após a explosão de um carro-bomba perto de um hospital e um mercado em Karradah, no centro de Bagdá.
Em outro atentado, quatro policiais morreram e seis civis ficaram feridos quando um carro-bomba atingiu um posto da polícia ao sul de Bagdá.
Nesta quinta-feira,uma nova explosão de carro-bomba matou ao menos 12 pessoas.
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Os atentados ocorreram horas depois que o premiê iraquiano, Nouri al Maliki, afirmou que tropas iraquianas assumirias o controle da segurança do país até o final deste ano.
Maliki sofre intensa pressão para que as tropas americanas deixem o país, mas a explosão de ao menos cinco bombas nesta quarta-feira apontam os graves problemas na segurança.
Os ataques podem acirrar a tensão sectária em Bagdá, principalmente entre os membros do Exército de Mahdi. Seis ministros ligados a Al Sadr deixaram o governo iraquiano na segunda-feira (16) para pressionar pela retirada dos 146 mil soldados dos EUA no Iraque.
Bagdá vem sendo cenário de violência sectária desde o atentado contra uma mesquita xiita em Samarra em 22 de fevereiro.
Tropas
Em discurso para marcar a entrega do controle da segurança da Província de Maysan (sul) ao Iraque, assessor para a Segurança Nacional, Mowaffaq al Rubaie, afirmou que três Províncias do Curdistão serão as próximas a serem entregues, seguidas de Kerbala e Wasit.
"Depois, Província por Província será entregue até o final deste ano", disse Al Rubaie.
Maysan é a quarta das 18 Províncias iraquianas a serem entregues ao controle das forças iraquianas, depois de Muthanna, Najaf e Dhi Qar, todas regiões xiitas do sul do Iraque.
No entanto, Maliki afirmou que forças iraquianas somente assumirão o controle total quando estiverem preparadas. "Alguns exigem um cronograma para o fim da presença estrangeira no Iraque", disse Maliki em discurso em Amara, capital de Maysan, 365 ao sul de Bagdá.
"Eu digo a eles que essa é a exigência de todos os iraquianos, e que estamos trabalhando para criar as circunstâncias para a retirada", acrescentou o premiê.
Com France Presse e Associated Press
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