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Equatoriano morto era membro das Farc, diz chefe militar colombiano
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da Efe, em Bogotá
O comandante do Exército da Colômbia, general Mario Montoya, afirmou nesta terça-feira que o equatoriano morto durante a ofensiva colombiana ao acampamento do líder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Raúl Reyes (Luis Edgar Devia Silva), também era membro da guerrilha.
"Pensávamos que o morto era [o guerrilheiro colombiano] Julián Conrado, mas estão dizendo que ele é Franklin Guillermo Aisalia Molina (...) Ao revisar nossos arquivos, ficamos surpresos ao ver que é o próprio Franklin Ponelia Molina, conhecido como Lucho (...) membro ativo das Farc", disse Montoya à rádio Caracol.
"Lucho, ao lado de Esperanza [Nubia Calderón Trujillo], era encarregado de prestar assistência logística aos líderes [das Farc] que chegavam a Quito", acrescentou Montoya.
A identidade do morto, que as autoridades colombianas admitem ser equatoriano, reacendeu a crise diplomática entre os dois países. O chefe do Exército colombiano disse ainda que "todo esse trabalho de inteligência, de informação" foi comunicado às autoridades equatorianas.
Montoya também diz acreditar que as autoridades equatorianas irão fornecer as identificações dos 25 mortos no bombardeio do acampamento dos guerrilheiros.
Documentação
O ministro de Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, anunciou hoje que entregará à OEA (Organização dos Estados Americanos) "toda a documentação" do equatoriano morto no acampamento de Raúl Reyes.
"Eu já tinha tomado a decisão, por ordens do presidente da República (Álvaro Uribe), de enviar ao secretário-geral da OEA (José Miguel Insulza) toda a informação relacionada a Lucho", disse o chanceler colombiano à rádio Caracol.
Araújo afirmou que as autoridades colombianas solicitaram "as impressões digitais do suposto cidadão equatoriano", mas destacou que as "dificuldades na relação diplomática têm demorado mais do que o previsto".
"Recebemos instruções para conduzir relações diplomáticas fraternas e eficazes, e pretendemos restabelecer as relações com o Equador e prosseguir com a agenda positiva que estava sendo construída". Acrescentou Araújo.
O rompimento das relações diplomáticas entre os países foi anunciado pelo presidente equatoriano Rafael Correa dois dias após a operação militar colombiana que matou o número dois das Farc, Raúl Reyes, e outras 20 pessoas em um acampamento da guerrilha em território equatoriano, no dia primeiro de março.
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