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19/03/2002
-
10h43
da EFE, em Belgrado
O vice-primeiro-ministro sérvio, Momcilo Perisic, acusado de praticar espionagem e de revelar segredos militares a um diplomata americano, pediu demissão hoje, disse o chefe de seu gabinete, Nebojsa Mandic.
"Não permitirei que essa campanha seja usada para fazer com que o governo caia, sabendo que este é o único que pode fazer reformas no país", disse o comunicado de Perisic apresentado ao primeiro-ministro sérvio, Zoran Djindjic.
"Seguirei apoiando o governo, e a minha luta para fazer uma Sérvia melhor não irá parar, nem minha luta para provar minha inocência", afirmou a nota, que também disse que Perisic não recorrerá à imunidade.
O general Perisic, que foi chefe do Estado-Maior do Exército iugoslavo até 1998, foi detido na quinta-feira passada (14), quando supostamente entregava "documentos confidenciais" ao diplomata americano John David Neighbor.
Foi posto em liberdade dois dias depois, após ser interrogado pelo juiz de instrução militar.
A Procuradoria Militar pediu ao governo que retire a imunidade de Perisic, que ainda conta com o cargo de deputado do Parlamento iugoslavo.
A demissão de Perisic foi solicitada ontem pelo primeiro-ministro sérvio, Zoran Djindjic, e pelo presidente da Iugoslávia, Vojislav Kostunica.
A prisão de Perisic causou novas divisões na coalizão no governo entre os partidários de Djindjic e os de Kostunica.
Os primeiros acusaram os conselheiros de Kostunica de terem organizado "irresponsavelmente" a prisão, nocivo para a reputação internacional do país.
Kostunica lamentou ontem que o nome do diplomata americano foi envolvido no caso de espionagem e assegurou que será feito todo o possível para que isso não influencie nas relações da Iugoslávia com os EUA.
O presidente disse que a acusação de espionagem é muito difícil de ser comprovada e "por isso os órgãos de segurança do Estado se abstêm de tomar medidas sem provas suficientes".
Leia mais no especial Bálcãs
Acusado de espionagem, vice-premiê da Sérvia pede demissão
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O vice-primeiro-ministro sérvio, Momcilo Perisic, acusado de praticar espionagem e de revelar segredos militares a um diplomata americano, pediu demissão hoje, disse o chefe de seu gabinete, Nebojsa Mandic.
"Não permitirei que essa campanha seja usada para fazer com que o governo caia, sabendo que este é o único que pode fazer reformas no país", disse o comunicado de Perisic apresentado ao primeiro-ministro sérvio, Zoran Djindjic.
Divulgação |
Momcilo Perisic, vice-premiê da Sérvia |
"Seguirei apoiando o governo, e a minha luta para fazer uma Sérvia melhor não irá parar, nem minha luta para provar minha inocência", afirmou a nota, que também disse que Perisic não recorrerá à imunidade.
O general Perisic, que foi chefe do Estado-Maior do Exército iugoslavo até 1998, foi detido na quinta-feira passada (14), quando supostamente entregava "documentos confidenciais" ao diplomata americano John David Neighbor.
Foi posto em liberdade dois dias depois, após ser interrogado pelo juiz de instrução militar.
A Procuradoria Militar pediu ao governo que retire a imunidade de Perisic, que ainda conta com o cargo de deputado do Parlamento iugoslavo.
A demissão de Perisic foi solicitada ontem pelo primeiro-ministro sérvio, Zoran Djindjic, e pelo presidente da Iugoslávia, Vojislav Kostunica.
A prisão de Perisic causou novas divisões na coalizão no governo entre os partidários de Djindjic e os de Kostunica.
Os primeiros acusaram os conselheiros de Kostunica de terem organizado "irresponsavelmente" a prisão, nocivo para a reputação internacional do país.
Kostunica lamentou ontem que o nome do diplomata americano foi envolvido no caso de espionagem e assegurou que será feito todo o possível para que isso não influencie nas relações da Iugoslávia com os EUA.
O presidente disse que a acusação de espionagem é muito difícil de ser comprovada e "por isso os órgãos de segurança do Estado se abstêm de tomar medidas sem provas suficientes".
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