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Colômbia reforça ofertas para que rebeldes das Farc se entreguem
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da Efe, em Bogotá
O Governo da Colômbia reforçou hoje suas ofertas para que os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) libertem os reféns e se entreguem às autoridades, entre elas a possibilidade de ser enviados à França.
O ministro o Interior e Justiça da Colômbia, Carlos Holguín Sardi, declarou que a "cooperação internacional nesse trabalho humanitário tem que ser bem-vinda".
O ministro destacou a importância de se tomar todas as providências para o caso de as Farc "abrandarem o coração" e "entenderem que liberar uma pessoa nessas condições de saúde será um gesto de humanidade".
O ministro fez as declarações em referência a um avião-ambulância que a França enviou na sexta-feira passada à Guiana Francesa para ficar de prontidão caso a guerrilha liberasse a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt.
A aeronave, no entanto, já voltou para o território francês.
Um porta-voz do presidente da França, Nicolas Sarkozy, explicou sobre o retorno do Falcon 900, que por razões internas de funcionamento "não pode permanecer por tempo indeterminado" na Guiana Francesa.
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, insistiu no sábado que os guerrilheiros que entregarem os seqüestrados se beneficiarão de um fundo de recompensas de US$ 100 milhões, e falou pela primeira vez da possibilidade de esses insurgentes serem recebidos pela França.
O líder fez essa revelação em uma visita ao departamento do Guaviare (sul), no qual se acredita estarem várias pessoas seqüestradas pelas Farc.
No local foram liberadas em janeiro passado a ex-candidata a vice-presidente Clara Rojas e a ex-congressista Consuelo González de Perdomo; e em fevereiro os ex-parlamentares Jorge Eduardo Gécem Turbay, Orlando Beltrán Cuéllar, Luis Eladio Pérez e Gloria Polanco de Lozada.
Durante o final da tarde, a Agência de Notícias do Exército (ANE), informou que supostos guerrilheiros das Farc se entregaram hoje, junto com seu armamento, a tropas do Exército colombiano, em uma zona rural do departamento de Caldas.
A desmobilização aconteceu no município de Samaná, onde os sete rebeldes se apresentaram perante tropas do Batalhão de Contraguerrilhas VIII "Quimbayas", portando quatro armas de fogo, munição e explosivos.
Esta semana começaram a aumentar as vozes que pedem na Colômbia e em outros países a libertação da franco-colombiana Ingrid Betancourt diante dos rumores de que sua saúde é cada vez mais precária, como ela mesma afirmou em carta a sua família, confiscada em dezembro passado, quando alguns rebeldes foram capturados.
Além disso, o ex-refém Luis Eladio Pérez, que esteve com ela em cativeiro, confirmou o mal estado de saúde da ex-candidata.
Versões de testemunhas asseguraram que a dirigente política foi vista em fevereiro passado em um posto de um centro médico do Guaviare.
As fontes, não identificadas por razões de segurança, indicaram ao diário "El Tiempo" que o fato ocorreu em uma aldeia conhecida como "El Capricho" e a pessoa que acreditam ser a ex-candidata estava coberta por uma capa de chuva verde, muito magra e pálida, mas foi reconhecida pelas testemunhas que já a viram muitas vezes pela televisão.
O diagnóstico foi "reservado" e aparentemente a dirigente política tinha hepatite B, leishmaniose e malária.
As Farc mantém como reféns mais de 700 pessoas, de acordo com fontes oficiais, embora a atenção esteja centrada no grupo formado agora por 40 pessoas -- entre elas Betancourt -- que o grupo rebelde considera "passíveis de troca", ou seja, que possibilitam a troca de 500 guerrilheiros presos.
Na quinta-feira o Governo colombiano anunciou um decreto que confere facilidades jurídicas aos guerrilheiros das Farc que se entreguem com a condição de que liberem os seqüestrados, mas o grupo insurgente ainda não respondeu à oferta.
Outros seqüestrados que sofrem de problemas de saúde são o ex-congressista Óscar Tulio Lizcano, o político colombiano que está preso há mais tempo.
O grupo é formado, além disso, por policiais e soldados seqüestrados nos últimos dez anos e os contratistas americanos Thomas Howes, Keith Stansell e Marc Gonsalves, presos desde 2003.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) que em janeiro e fevereiro facilitou a libertação dos seis políticos graças a gestões do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que está preparado para receber e atender à ex-candidata presidencial e a outros reféns doentes.
A entidade disse que mantém "um diálogo confidencial" com as Farc, mas ainda não teve resposta da guerrilha.
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