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24/03/2002
-
11h01
da EFE, em Roma
O ex-rei afegão Zahir Shah, 87, prepara seu retorno a Cabul, previsto para meados de abril, com a esperança de que "uma democracia verdadeira" seja construída no país.
A anunciada volta, em que o rei será acompanhado pelo chefe interino do governo afegão, Hamid Karzai, foi adiada várias vezes devido a motivos de segurança.
Como mais um ato de despedida da Itália, onde viveu desde que foi deposto, em 1973, Zahir Shah fez um balanço de seu passado no país e de seu futuro em diversas entrevistas publicadas hoje pela imprensa local.
"O tempo que ainda tenho para viver quero passar em meu país", afirma o monarca, reiterando sua intenção de desempenhar um papel mediador, sem restaurar a monarquia, embora afirme que "o povo é que deve decidir".
O ex-rei afegão, cuja segurança será feita por um grupo especial treinado pela força multinacional destacada no Afeganistão, adianta que viverá em uma casa privada, não em uma residência oficial.
Zahir Shah diz que seu primeiro objetivo será o de se reunir com os chefes das diversas etnias do país.
Segundo foi decidido na conferência interafegã realizada em Bonn (Alemanha), o monarca presidirá a Loya Jirga (assembléia de notáveis), uma reunião de representantes das diferentes etnias afegãs marcada para 22 de junho a fim de decidir o futuro do país.
O monarca tem esperanças de que a Loya Jirga ajude a melhorar a situação do Afeganistão. Zahir Shah declara que está convencido de que "as coisas serão diferentes a partir das decisões que forem tomadas ali, porque sobre essa base tomará posse um legítimo chefe de Estado e de Governo".
"Muitos senhores da guerra se unirão à autoridade central, sobretudo através da Loya Jirga, que representará a nação afegã", diz.
Após 30 anos de exílio na Itália, o rei deposto do Afeganistão revive com nostalgia e emoção seu almejado regresso ao país que governou durante 40 anos.
"Misturam-se duas sensações: uma física, porque verei ruínas, destruição de lugares que conheci quando estavam inteiros e tranquilos, e outra psicológica, com o trabalho e o empenho necessários para colocar em funcionamento o país, retirar as minas e as bombas que não explodiram, ajudar os mutilados e abrir escolas", afira Zahir Shah.
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Ex-rei prepara volta ao Afeganistão
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O ex-rei afegão Zahir Shah, 87, prepara seu retorno a Cabul, previsto para meados de abril, com a esperança de que "uma democracia verdadeira" seja construída no país.
A anunciada volta, em que o rei será acompanhado pelo chefe interino do governo afegão, Hamid Karzai, foi adiada várias vezes devido a motivos de segurança.
Reuters - 1.out.2001 |
Zahir Shah, ex-rei do Afeganistão |
"O tempo que ainda tenho para viver quero passar em meu país", afirma o monarca, reiterando sua intenção de desempenhar um papel mediador, sem restaurar a monarquia, embora afirme que "o povo é que deve decidir".
O ex-rei afegão, cuja segurança será feita por um grupo especial treinado pela força multinacional destacada no Afeganistão, adianta que viverá em uma casa privada, não em uma residência oficial.
Zahir Shah diz que seu primeiro objetivo será o de se reunir com os chefes das diversas etnias do país.
Segundo foi decidido na conferência interafegã realizada em Bonn (Alemanha), o monarca presidirá a Loya Jirga (assembléia de notáveis), uma reunião de representantes das diferentes etnias afegãs marcada para 22 de junho a fim de decidir o futuro do país.
O monarca tem esperanças de que a Loya Jirga ajude a melhorar a situação do Afeganistão. Zahir Shah declara que está convencido de que "as coisas serão diferentes a partir das decisões que forem tomadas ali, porque sobre essa base tomará posse um legítimo chefe de Estado e de Governo".
"Muitos senhores da guerra se unirão à autoridade central, sobretudo através da Loya Jirga, que representará a nação afegã", diz.
Após 30 anos de exílio na Itália, o rei deposto do Afeganistão revive com nostalgia e emoção seu almejado regresso ao país que governou durante 40 anos.
"Misturam-se duas sensações: uma física, porque verei ruínas, destruição de lugares que conheci quando estavam inteiros e tranquilos, e outra psicológica, com o trabalho e o empenho necessários para colocar em funcionamento o país, retirar as minas e as bombas que não explodiram, ajudar os mutilados e abrir escolas", afira Zahir Shah.
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