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25/03/2002
-
19h20
da EFE, em Paris
O rei deposto do Afeganistão, Mohamed Zahir Shah, espera "reconfortar" seu povo quando, no próximo mês, regressar a Cabul, e diz estar ansioso para ver as mudanças ocorridas no país, "tanto para bem como para o mal".
O chefe do governo interino afegão, Hamid Karzai, é um homem 'inteligente, tem o sentido da medida, faz o que é preciso fazer', disse Zahir Shah, 87, em entrevista que será publicada amanhã no jornal francês 'Le Figaro'.
"Até agora seus esforços foram coroados com sucesso, estou convencido de que ele não abandonará o país", afirma Zahir Shah, que destaca sua 'grande confiança' no líder, da majoritária etnia pashtu, assim como ele.
Como foi decidido na conferência inter-afegã de Bonn, em novembro passado, Zahir Shah informa que espera convocar os trabalhos da assembléia de notáveis ou 'Loya jirga', reunião de representantes das diferentes etnias, no próximo dia 22 de junho, com o objetivo de decidir sobre o futuro do país.
No entanto, acrescenta, a abertura dos trabalhos "irá depender da situação" do país. "Depois ficarei de lado e não irei mais intervir no processo constitucional, darei total liberdade de atuação", disse o rei deposto.
Shah se declarou 'emocionado' com seu retorno, que será realizado em breve, depois de mais de 28 anos no exílio em Roma. Ele qualifica o governo Taleban como o "momento mais sombrio de nossa história. Eles cometeram atos horríveis. Destruíram os budas de Bamiyan, nosso tesouro histórico, é um crime imperdoável".
O ex-rei acredita que os direitos das mulheres devem voltar em breve e lembra que, em seu reinado, no qual o país vivia uma democracia constitucional, elas tinham direito ao voto e ao trabalho e participavam da vida política.
'Meu reinado (1933-1973) foi marcado por um espírito de tolerância, que não era fachada. Estou orgulhoso disso. Minhas reformas funcionaram porque o povo afegão as apoiava. Desgraçadamente, tudo mudou com a chegada dos soviéticos em 1979, que tentaram dividir nossas tribos. Espero que com minha volta estas separações desapareçam', disse.
Leia mais sobre a guerra contra o terrorismo
Ex-rei afegão espera "reconfortar" seu povo ao regressar a Cabul
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O rei deposto do Afeganistão, Mohamed Zahir Shah, espera "reconfortar" seu povo quando, no próximo mês, regressar a Cabul, e diz estar ansioso para ver as mudanças ocorridas no país, "tanto para bem como para o mal".
O chefe do governo interino afegão, Hamid Karzai, é um homem 'inteligente, tem o sentido da medida, faz o que é preciso fazer', disse Zahir Shah, 87, em entrevista que será publicada amanhã no jornal francês 'Le Figaro'.
"Até agora seus esforços foram coroados com sucesso, estou convencido de que ele não abandonará o país", afirma Zahir Shah, que destaca sua 'grande confiança' no líder, da majoritária etnia pashtu, assim como ele.
Como foi decidido na conferência inter-afegã de Bonn, em novembro passado, Zahir Shah informa que espera convocar os trabalhos da assembléia de notáveis ou 'Loya jirga', reunião de representantes das diferentes etnias, no próximo dia 22 de junho, com o objetivo de decidir sobre o futuro do país.
No entanto, acrescenta, a abertura dos trabalhos "irá depender da situação" do país. "Depois ficarei de lado e não irei mais intervir no processo constitucional, darei total liberdade de atuação", disse o rei deposto.
Shah se declarou 'emocionado' com seu retorno, que será realizado em breve, depois de mais de 28 anos no exílio em Roma. Ele qualifica o governo Taleban como o "momento mais sombrio de nossa história. Eles cometeram atos horríveis. Destruíram os budas de Bamiyan, nosso tesouro histórico, é um crime imperdoável".
O ex-rei acredita que os direitos das mulheres devem voltar em breve e lembra que, em seu reinado, no qual o país vivia uma democracia constitucional, elas tinham direito ao voto e ao trabalho e participavam da vida política.
'Meu reinado (1933-1973) foi marcado por um espírito de tolerância, que não era fachada. Estou orgulhoso disso. Minhas reformas funcionaram porque o povo afegão as apoiava. Desgraçadamente, tudo mudou com a chegada dos soviéticos em 1979, que tentaram dividir nossas tribos. Espero que com minha volta estas separações desapareçam', disse.
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