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15/04/2008 - 01h08

Timor Leste pede cooperação da Austrália para investigar atentados

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da Efe, em Sydney

O governo de Timor Leste pediu à Austrália que busque informações sobre os contatos que o líder rebelde Alfredo Reinado manteve com pessoas na Austrália horas antes de morrer em um atentado contra o presidente do país, José Ramos-Horta, em fevereiro.

As autoridades timorenses querem os nomes dos titulares dos números de telefone australianos e as gravações das 47 conversas telefônicas que o chefe rebelde fez ou recebeu.

Segundo o diário local "The Sydney Morning Herald", as agências de espionagem australianas teriam gravado essas conversas.

O procurador-geral timorense, Longuinhos Monteiro, que dirige a investigação, explicou ao jornal que o sistema telefônico timorense dificultou ainda mais seus trabalhos.

Monteiro indicou que a procuradoria pediu ao governo australiano a assinatura de um memorando de entendimento que permita esta troca de informação secreta e facilite a investigação dos ataques contra Ramos-Horta e o primeiro-ministro do país, Xanana Gusmão.

Líder rebelde

As autoridades timorenses acreditam que o líder rebelde foi espionado como parte de uma operação de busca e captura realizada por militares australianos em Timor Leste.

Antes de morrer na tentativa de matar Ramos-Horta, Reinado assegurou publicamente em várias ocasiões que sabia que seu telefone estava grampeado.

Reinado era procurado por fazer parte do grupo de 599 militares expulsos do corpo em 2006 por insubordinação, e cujos protestos andarilhos, em abril e maio desse ano, desencadearam uma onda de violência que matou 37 pessoas e deixou outras 100 mil deslocadas.

O procurador-geral disse que as investigações permitiram identificar algumas pessoas que influíram para que Reinado decidisse perpetrar os ataques contra Gusmão, que saiu ileso, e Ramos Horta, que ficou gravemente ferido.

Ramos-Horta, que se recupera na Austrália, deve retornar a Díli na próxima quinta-feira.

 

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