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04/05/2008 - 16h48

Obama e Hillary se preparam para prévias de Indiana e Carolina do Norte

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MACARENA VIDAL
da Efe, em Washington

Os pré-candidatos democratas à Casa Branca Hillary Clinton e Barack Obama voltaram a se envolver neste domingo em disputas sobre economia e política externa, 48 horas antes das prévias de Indiana e Carolina do Norte, cruciais para a definição da candidatura do partido à Presidência dos Estados Unidos.

Os dois pré-candidatos, que hoje participam de diferentes comícios em Indiana --o mais disputado dos dois Estados em jogo nesta terça-feira (6)--, discursaram em programas de entrevistas em redes de TV, nos quais quiseram deixar claro suas diferenças.

Obama, encorajado por seu triunfo por apenas sete votos nas acirradas votações de ontem na ilha de Guam, tentou deixar para trás a controvérsia criada por seu antigo pastor, o reverendo Jeremiah Wrigth --que causou problemas nas pesquisas--, e recuperar a iniciativa para atrair a classe trabalhadora branca do Estado.

Esse segmento demográfico é considerado peça-chave na votação de terça-feira, e tende significativamente a favor de sua rival, Hillary Clinton.

As pesquisas indicam que Obama conta com uma vantagem de aproximadamente sete pontos percentuais na Carolina do Norte. O senador, no entanto, vê Hillary se aproximar perigosamente, diminuindo a cada dia uma diferença que até pouco tempo era superior a 15 pontos.

Em Indiana, as pesquisas apontam para um empate técnico entre ambos, mas com uma ligeira diferença a favor da senadora por Nova York.

Atualmente, Obama está em vantagem em relação à Hillary quanto ao número de delegados comprometidos, superando 1.700, enquanto sua rival tem aproximadamente 1.600.

Nenhum dos dois pode atingir os 2.025 delegados necessários para obter a candidatura democrata na convenção de agosto, em Denver, somente com os obtidos nas primárias. Desta forma, serão os "superdelegados" --funcionários e membros do partido-- que terão a última palavra no processo de indicação democrata.

Caso Obama consiga ganhar nos dois Estados, é provável que arraste consigo um bom número de superdelegados e garanta definitivamente sua candidatura.

No entanto, caso Hillary surpreenda e ganhe as duas disputas, poderia fazer com que os superdelegados cogitem as chances da senadora para as eleições presidenciais de novembro.

Caso ambos consigam cada um uma vitória, a corrida continuaria como está e duraria, provavelmente, até o dia 3 de junho, para quando estão previstas as últimas prévias.

Conscientes do que está em jogo, os dois senadores, que amanhã farão campanha na Carolina do Norte, redobraram o ritmo de seus comparecimentos públicos.

Em entrevista concedida ao programa "Meet the Press", da rede de TV "NBC", o senador por Illinois declarou ser contra as propostas de Hillary para eliminar temporariamente os impostos sobre a gasolina para o meio do ano, e "aniquilar" o Irã caso o país ataque Israel com armas nucleares.

"Não é a linguagem de que necessitamos atualmente, e acho que isso reflete o que diz George W. Bush", afirmou Obama.

A esse respeito, Hillary, em declarações ao programa "This Week", da rede "ABC", afirmou que mantém suas palavras. "Por que teria que retirá-las? Perguntaram-me o que faria se o Irã atacasse nosso aliado, um país com o qual temos muitas ligações e carinho, por todo tipo de razões. Sim, responderíamos ao Irã de maneira muito contundente", afirmou.

A senadora por Nova York defendeu também sua proposta de eliminar os impostos sobre a gasolina para aliviar os consumidores nas épocas de maior demanda, um projeto que também é apoiado pelo candidato republicano, John McCain.

Obama qualificou a iniciativa como uma "artimanha", pensada "para ganhar eleições ao invés de resolver problemas".

Hillary assegurou que sua proposta é muito diferente da de McCain, que simplesmente propõe a suspensão do imposto. Ela especificou que seu projeto prevê que as petrolíferas paguem o que o Estado deixaria de receber pela suspensão.

Por sua parte, Obama quis deixar para trás a polêmica sobre o reverendo Wright, que acusou o governo dos EUA de espalhar propositalmente o vírus da Aids para prejudicar os negros.

Segundo Obama, as declarações de Wright "dividem o país", mas ele é "alguém que nasceu de uma mãe branca e de um pai africano".

"Está no meu DNA acreditar que nós podemos unir esse país, e que as pessoas são as mesmas por debaixo da pele", afirmou.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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