Publicidade
Publicidade
16/04/2002
-
20h08
da Reuters, em Roma
O chefe do governo provisório do Afeganistão, Hamid Karzai, chegou a Roma hoje para acompanhar amanhã o retorno do antigo rei afegão Mohamed Zahir Shah, 87, a seu país. A volta é considerada um marco histórico com o qual se pretende consolidar a unidade do povo afegão.
Depois de aterrissar na capital italiana com seis ministros e um grupo de colaboradores, Karzai declarou que o velho monarca, exilado em Roma desde que foi deposto, há 29 anos, é um "símbolo da unidade nacional" para o Afeganistão.
"É uma coisa maravilhosa poder levar de novo a sua pátria o ex-rei", reiterou o governante afegão.
O presidente do governo de transição do Afeganistão destacou, sem esconder a emoção do momento, que seu país "dá as boas-vindas a todos seus filhos, inclusive o antigo rei, uma figura paterna e símbolo da unidade da nação".
Pouco depois apertou a mão do próprio monarca no encontro que ambos tiveram com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, no início do intenso programa que espera Hamid Karzai até sua partida amanhã de Roma.
Berlusconi confirmou que 50 agentes do Corpo Especial dos "Carabinieri" acompanharão o ex-rei e se instalarão em sua residência de Cabul "para defendê-lo de possíveis ataques" e para instruir sua futura guarda pessoal.
Karzai concluiu o dia com um jantar oferecido pelo ministro italiano da Defesa, Antonio Martino, ao qual compareceu depois de reunir-se com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.
O retorno de Shah foi adiado várias vezes nas últimas semanas por temores de um atentado, mas deve ocorrer mesmo amanhã, segundo autoridades italianas, que mantêm em segredo horários e destinos.
A comitiva do ex-rei e do primeiro-ministro partiria por volta de 22h (17h em Brasília), segundo algumas fontes, em um Boeing 707 da Força Aérea italiana do aeroporto de Pratica de Mare, ao sul de Roma.
No avião viajariam também o médico pessoal de Shah, dois médicos italianos e dois enfermeiros. O Boeing 707 aterrissará no aeroporto de um país vizinho ao Afeganistão, que não foi revelado, onde a comitiva embarcará em dois aviões C-130 italianos, que os levarão ao território afegão.
Segundo ficou acordado na conferência de Bonn, em dezembro passado, Shah deve presidir a partir de junho a assembléia de notáveis, a "Loya jirga", cujos membros começaram a ser escolhidos nesta semana.
A assembléia, que reúne representantes das etnias afegãs, nomeará um governo de transição, que deverá convocar eleições no prazo de dezoito meses.
Durante as quase três décadas de exílio em Roma, o monarca afegão levou uma vida longe da política, junto com familiares e colaboradores, em uma vila residencial do norte da cidade.
Um porta-voz do velho soberano afirmou hoje que o rei "quer voltar ao Afeganistão para contribuir com a construção de relações pacíficas e amistosas com todos os países vizinhos, com o fim de levar paz e prosperidade à região, depois de anos de sofrimento."
"Nosso soberano destacou: volta a seu país para reunificá-lo, sem buscar nada para si, porque só quer a prosperidade dos que considera seus filhos."
Leia mais:
Saiba tudo sobre a guerra no Afeganistão
Conheça a história do Afeganistão
Ex-rei afegão volta ao país amanhã como símbolo de unidade
Publicidade
O chefe do governo provisório do Afeganistão, Hamid Karzai, chegou a Roma hoje para acompanhar amanhã o retorno do antigo rei afegão Mohamed Zahir Shah, 87, a seu país. A volta é considerada um marco histórico com o qual se pretende consolidar a unidade do povo afegão.
Depois de aterrissar na capital italiana com seis ministros e um grupo de colaboradores, Karzai declarou que o velho monarca, exilado em Roma desde que foi deposto, há 29 anos, é um "símbolo da unidade nacional" para o Afeganistão.
"É uma coisa maravilhosa poder levar de novo a sua pátria o ex-rei", reiterou o governante afegão.
O presidente do governo de transição do Afeganistão destacou, sem esconder a emoção do momento, que seu país "dá as boas-vindas a todos seus filhos, inclusive o antigo rei, uma figura paterna e símbolo da unidade da nação".
Pouco depois apertou a mão do próprio monarca no encontro que ambos tiveram com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, no início do intenso programa que espera Hamid Karzai até sua partida amanhã de Roma.
Berlusconi confirmou que 50 agentes do Corpo Especial dos "Carabinieri" acompanharão o ex-rei e se instalarão em sua residência de Cabul "para defendê-lo de possíveis ataques" e para instruir sua futura guarda pessoal.
Karzai concluiu o dia com um jantar oferecido pelo ministro italiano da Defesa, Antonio Martino, ao qual compareceu depois de reunir-se com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.
O retorno de Shah foi adiado várias vezes nas últimas semanas por temores de um atentado, mas deve ocorrer mesmo amanhã, segundo autoridades italianas, que mantêm em segredo horários e destinos.
A comitiva do ex-rei e do primeiro-ministro partiria por volta de 22h (17h em Brasília), segundo algumas fontes, em um Boeing 707 da Força Aérea italiana do aeroporto de Pratica de Mare, ao sul de Roma.
No avião viajariam também o médico pessoal de Shah, dois médicos italianos e dois enfermeiros. O Boeing 707 aterrissará no aeroporto de um país vizinho ao Afeganistão, que não foi revelado, onde a comitiva embarcará em dois aviões C-130 italianos, que os levarão ao território afegão.
Segundo ficou acordado na conferência de Bonn, em dezembro passado, Shah deve presidir a partir de junho a assembléia de notáveis, a "Loya jirga", cujos membros começaram a ser escolhidos nesta semana.
A assembléia, que reúne representantes das etnias afegãs, nomeará um governo de transição, que deverá convocar eleições no prazo de dezoito meses.
Durante as quase três décadas de exílio em Roma, o monarca afegão levou uma vida longe da política, junto com familiares e colaboradores, em uma vila residencial do norte da cidade.
Um porta-voz do velho soberano afirmou hoje que o rei "quer voltar ao Afeganistão para contribuir com a construção de relações pacíficas e amistosas com todos os países vizinhos, com o fim de levar paz e prosperidade à região, depois de anos de sofrimento."
"Nosso soberano destacou: volta a seu país para reunificá-lo, sem buscar nada para si, porque só quer a prosperidade dos que considera seus filhos."
Leia mais:
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice