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15/05/2002
-
20h49
da Folha de S.Paulo
A Índia declarou hoje que tomaria medidas para retaliar um ataque a um ônibus ontem por supostos separatistas paquistaneses na Caxemira.
"Teremos de retaliar", disse o premiê da Índia, Atal Behari Vajpayee, ao Parlamento. Ele descreveu o ataque, que deixou mais de 30 mulheres, crianças e soldados indianos mortos, como "um massacre de inocentes".
Vajpayee não disse que tipo de medida seria tomada, ou contra quem seria dirigida. A palavra que ele usou, em hindi, pode ser traduzida como "retaliar", mas também como "nos vingar" ou "contra-atacar".
O ministro da Defesa da Índia, George Fernandes, que visitou o local do ataque que, segundo a polícia indiana, foi realizado por três paquistaneses, também afirmou que seu país precisa agir.
"É uma situação que pede punição", disse. "Qual será essa punição é algo que precisa ser debatido, mas certamente não podemos deixar esse tipo de terrorismo ficar impune."
O Paquistão condenou o ataque e pediu a abertura de uma investigação sobre o incidente.
O presidente dos EUA, George W. Bush, telefonou a Vajpayee para dizer que Washington condenava o ataque. Vajpayee disse a Bush que tomaria "medidas apropriadas", afirmaram funcionários do governo indiano, que não quiseram fornecer mais detalhes.
Doze separatistas morreram em uma série de confrontos entre rebeldes e forças de segurança no Estado indiano de Jammu e Caxemira nas 24 horas anteriores, disseram os funcionários.
A Índia e o Paquistão mobilizaram cerca de 1 milhão de militares em sua fronteira desde dezembro do ano passado.
A mobilização foi o resultado de um impasse entre os dois países provocado por um ataque em dezembro de 2001 ao Parlamento indiano, pelo qual a Índia culpou separatistas baseados no Paquistão e que levou os adversários à beira de uma quarta guerra. Ambos os países têm arsenal nuclear.
A secretária-assistente de Estado dos EUA Christina Rocca disse hoje em Nova Déli que o objetivo do ataque havia sido sabotar os esforços para acalmar as tensões entre a Índia e o Paquistão relacionadas à disputa pela região, que esteve no âmago de três guerras entre os dois países.
"Certamente achamos que o nível de tensão precisa ser de alguma forma acalmado, e o propósito de atos como esse é, claramente, atingir o objetivo oposto", afirmou Rocca antes de partir para a capital paquistanesa, Islamabad. A secretária-assistente está realizando seu terceiro giro diplomático pela região desde março.
A Índia controla cerca de 45% da Caxemira; o Paquistão, cerca de 33%; e a China, o restante.
A Índia acusa o Paquistão de incitar e armar separatistas na parte da Caxemira controlada pela Índia. O Paquistão nega e diz que dá apenas apoio moral à sua "luta legítima pela autodeterminação".
Doze grupos separatistas lutam contra forças indianas na região. Ao menos 33 mil pessoas morreram desde 1989. Segundo os separatistas, o número de mortos ultrapassa 80 mil.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
Índia afirma que vai retaliar atentado na Caxemira
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A Índia declarou hoje que tomaria medidas para retaliar um ataque a um ônibus ontem por supostos separatistas paquistaneses na Caxemira.
"Teremos de retaliar", disse o premiê da Índia, Atal Behari Vajpayee, ao Parlamento. Ele descreveu o ataque, que deixou mais de 30 mulheres, crianças e soldados indianos mortos, como "um massacre de inocentes".
Vajpayee não disse que tipo de medida seria tomada, ou contra quem seria dirigida. A palavra que ele usou, em hindi, pode ser traduzida como "retaliar", mas também como "nos vingar" ou "contra-atacar".
O ministro da Defesa da Índia, George Fernandes, que visitou o local do ataque que, segundo a polícia indiana, foi realizado por três paquistaneses, também afirmou que seu país precisa agir.
"É uma situação que pede punição", disse. "Qual será essa punição é algo que precisa ser debatido, mas certamente não podemos deixar esse tipo de terrorismo ficar impune."
O Paquistão condenou o ataque e pediu a abertura de uma investigação sobre o incidente.
O presidente dos EUA, George W. Bush, telefonou a Vajpayee para dizer que Washington condenava o ataque. Vajpayee disse a Bush que tomaria "medidas apropriadas", afirmaram funcionários do governo indiano, que não quiseram fornecer mais detalhes.
Doze separatistas morreram em uma série de confrontos entre rebeldes e forças de segurança no Estado indiano de Jammu e Caxemira nas 24 horas anteriores, disseram os funcionários.
A Índia e o Paquistão mobilizaram cerca de 1 milhão de militares em sua fronteira desde dezembro do ano passado.
A mobilização foi o resultado de um impasse entre os dois países provocado por um ataque em dezembro de 2001 ao Parlamento indiano, pelo qual a Índia culpou separatistas baseados no Paquistão e que levou os adversários à beira de uma quarta guerra. Ambos os países têm arsenal nuclear.
A secretária-assistente de Estado dos EUA Christina Rocca disse hoje em Nova Déli que o objetivo do ataque havia sido sabotar os esforços para acalmar as tensões entre a Índia e o Paquistão relacionadas à disputa pela região, que esteve no âmago de três guerras entre os dois países.
"Certamente achamos que o nível de tensão precisa ser de alguma forma acalmado, e o propósito de atos como esse é, claramente, atingir o objetivo oposto", afirmou Rocca antes de partir para a capital paquistanesa, Islamabad. A secretária-assistente está realizando seu terceiro giro diplomático pela região desde março.
A Índia controla cerca de 45% da Caxemira; o Paquistão, cerca de 33%; e a China, o restante.
A Índia acusa o Paquistão de incitar e armar separatistas na parte da Caxemira controlada pela Índia. O Paquistão nega e diz que dá apenas apoio moral à sua "luta legítima pela autodeterminação".
Doze grupos separatistas lutam contra forças indianas na região. Ao menos 33 mil pessoas morreram desde 1989. Segundo os separatistas, o número de mortos ultrapassa 80 mil.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
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