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21/06/2008 - 21h55

Para jornal israelense, Israel está longe de atacar Irã

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da Folha Online

O jornal israelense "Haaretz" publicou neste domingo (ainda sábado no Brasil) uma análise sobre as atuais tensões entre Israel e o Irã na qual sustenta que os israelenses estão longe de promoverem um ataque contra os iranianos.

O primeiro argumento do artigo, assinado por Yossi Melman, remete às eleições americanas. Melman afirma categoricamente que Israel não atacaria o Irã sem coordenar a ação com os Estados Unidos, como, conforme exemplificou o autor, ocorreu na Guerra dos Seis Dias, na Guerra do Yom Kippur e nas duas guerras no Líbano.

Ou seja, neste primeiro quesito, uma possível coordenação ocorreria apenas após novembro, quando o nome do próximo presidente dos EUA será conhecido.

Arte Folha Online

O Irã criticou neste sábado o governo de Israel afirmando que o regime é "perigoso" e que ele perturba a segurança e a paz mundial.

Além disso, informou também que rejeitará qualquer negociação com as grandes potências sobre seu programa nuclear baseado na suspensão do enriquecimento de urânio.

As afirmações sobre Israel foram feitas pelo porta-voz iraniano, Gholam Hossein Elham, um dia após reportagem publicada pelo jornal americano "New York Times" informar que o governo israelense realizou um exercício militar que parecia ser um ensaio para um possível ataque contra as instalações nucleares iranianas.

A reportagem despertou a apreensão de um possível novo conflito no Oriente Médio. Para Melman, um ataque também não seria tão imediato devido às próprias instâncias da política israelense. Uma consulta e a coordenação de vários órgãos no país proporcionariam o aparato para uma ação.

Outra variável levantada no artigo do "Haaretz" é a questão das sanções internacionais contra o Irã --vistas como uma das alternativas antes da concretização de um conflito armado. Melman afirma que Israel não desistiu de que a Rússia e a China mudem sua política em relação ao assunto e continuem a se recusar quanto a sanções mais estritas.

A situação interna do Irã também conta, para o autor. No próximo maio, ocorrem as eleições presidenciais iranianas. Se o líder Ali Khamenei decide que não é propício ao presidente Mahmoud Ahmadinejad concorrer mais uma vez ao cargo, devido à degradação da situação econômica no país ou não apoiar, a política interna pode alterar como vem sendo levado o programa nuclear iraniano, segundo Melman.

Irã

Já na imprensa iraniana, a Press TV trouxe na tarde deste sábado uma entrevista na qual o major-general Mohammad Ali Jafari, da Guarda Revolucionária do Irã, afirma que as Forças Armadas iranianas estão preparadas para detectar e repelir qualquer potencial ataque contra as instalações nucleares no país.

O texto lembra que o Irã é signatário do tratado de não proliferação de armas nucleares e que permite inspeções em seu território. A Press TV também contextualizou a nota citando a reportagem do "NYT".

Com Reuters, Associated Press, Efe, France Presse. "The Haaretz" e "Press TV"

 

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