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24/06/2008 - 20h50

Governo de Israel pretende trocar prisioneiros com Hizbollah

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da Folha Online

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, irá pedir ao seu gabinete ministerial no próximo domingo que aprove uma troca de prisioneiros com o grupo radical xiita Hizbollah, afirmou a mulher de um militar israelense refém da milícia nesta terça-feira.

Karnit Goldwasser, cujo marido Ehud e um colega, Eldad Regev, foram seqüestrados pelo Hizbollah --em um ataque à fronteira do Líbano com Israel em julho de 2006, que desencadeou uma guerra de 34 dias no Líbano--, fez a declaração após se encontrar com Olmert.

"O acordo, segundo sua promessa (de Olmert) será votada no domingo", declarou Goldwasser à rede de TV Canal Dez. "Eu espero que os ministros (...) tomem a decisão certa de trazer Udi e Eldad para casa." O governo israelense ainda não se pronunciou a respeito.

Através de um mediador alemão escolhido pela ONU, Israel ofereceu a libertação de cinco guerrilheiros presos em troca dos militares, segundo fontes de segurança israelenses.

Negociações

O Hizbollah tem se mantido calado sobre progressos nas negociações indiretas, mas uma fonte política libanesa disse na semana passada que "toques finais" estavam sendo acertados em um acordo de troca.

A liderança do Exército de Israel afirmou nesta semana que estava estudando avaliações da inteligência que afirmam que Goldwasser e Regev não sobreviveram ao ataque no qual foram seqüestrados e que poderia declará-los mortos.

Tal medida poderia criar pressão sobre Olmert por parte das autoridades de defesa, para oferecer ao Hizbollah apenas os corpos de militantes libaneses mantidos em Israel, em vez de prisioneiros vivos --mesmo sob o risco de arruinar o acordo.

"O sentimento entre alguns do comando é que entregar moedas vivas de barganha em troca de corpos iria criar um precedente terrível", declarou uma autoridade de segurança israelense.

"Se o inimigo sabe que ele pode conseguir tanto a partir de um refém morto, isso colocaria nossos militares sob o risco de serem executados --ou, se estiverem feridos, não receberem tratamento-- se forem feitas prisioneiros.

Questionada se ela acreditava que o encontro de domingo do gabinete --sua sessão semanal-- iria ser precedida de alguma declaração do comando militar se os militares reféns estão vivos ou mortos, Goldwasser afirmou: "Eu realmente espero que seja assim."

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse que a condição dos dois militares não deveria afetar qualquer acordo com o Hizbollah. "Temos uma responsabilidade de trazer os reféns para casa mesmo se estiverem mortos", disse a jornalistas.

Mais reféns

O ditador do Egito, Hosni Mubarak, afirmou nesta terça-feira que tudo o que preocupa Israel no cessar-fogo com as milícias palestinas em vigor na faixa de Gaza é conseguir a libertação do soldado Gilad Shalit, mantido refém há dois anos.

Mubarak fez a afirmação durante entrevista a uma rede de TV israelense na localidade egípcia de Sharm el Sheikh, onde hoje se reuniu com Olmert.

O egípcio disse que Israel não tem com o que se preocupar, já que o Hamas não tem como "aproveitar a trégua para transferir" Shalit da faixa de Gaza para "um lugar secreto".

Segundo Mubarak, se os milicianos se deslocarem da faixa territorial para Al Arish, uma localidade egípcia próxima, "todo mundo saberá".

No entanto, o chefe de Estado não quis entrar em detalhes sobre uma possível reabertura da passagem de Rafah entre Gaza e Egito, que permanece fechada há um ano e cujo funcionamento depende do sinal verde de Israel.

Para Mubarak, condicionar a reabertura da passagem à libertação de Shalit, como quer Israel, estragaria tudo.

"Efetuamos grandes esforços, nos quais se envolveram israelenses e palestinos, e esperamos que a trégua dure", disse, em referência à mediação do Cairo no cessar-fogo temporário, iniciado na quinta-feira passada e violado hoje pela Jihad Islâmica.

A respeito da trégua, que tem uma duração inicial de seis meses, Mubarak disse que "é preciso ser otimista" e "ter esperança", porque, "se não houver otimismo, não haverá nada".

"O acordo do cessar-fogo já está feito e, em qualquer pacto, uma parte pode rescindi-lo e provocar um problema", declarou Mubarak, que, em seguida, pediu que Israel e o Hamas sejam realistas quanto à possibilidade de conseguirem seus objetivos pelo uso da força.

Com Reuters e Efe

 

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