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25/05/2002
-
09h33
da Folha Online
O presidente norte-americano, George W. Bush, pressionou hoje a Índia e o Paquistão a comprometer-se a baixar a tensão na Caxemira.
Durante o segundo dia da cúpula com o presidente russo, Vladimir Putin, Bush manifestou sua "profunda preocupação" pela tensão entre os dois países.
"Passamos muito tempo abordando esse tema e assinalamos claramente às partes que nada se ganha com a guerra nem com um incidente que provoque uma guerra", declarou Bush, ao término da visita ao museu do Ermitage.
A Índia e o Paquistão mantêm cerca de 1 milhão de soldados na fronteira desde dezembro, quando um esquadrão de supostos separatistas invadiu o Parlamento indiano e provocou um massacre. Nova Déli acusa os vizinhos de incentivarem essas ações, mas o governo de Islamabad admite apenas apoio diplomático à causa separatista.
A situação se agravou após um atentado na semana passada, que matou mais de 30 pessoas na parte indiana da Caxemira.
O secretário-geral da Organização das ONU (Organiação das Nações Unidas), Kofi Annan, considerou a situação alarmante e pediu uma "ação vigorosa" ao presidente paquistanês, general Pervez Musharraf, que na quarta-feira (22) renovou a promessa feita em janeiro de combater os militantes islâmicos, inclusive na parte paquistanesa da Caxemira.
Analistas indianos receberam essa notícia com otimismo, mas disseram que as autoridades devem esperar ações reais de Musharraf. O fim de semana prolongado de Vajpaye, na localidade montanhosa de Manali, é visto como um sinal de que a guerra agora não é iminente.
Apesar disso, o Paquistão colocou sua capital em pé de guerra ontem, cancelando todas as folgas de funcionários públicos e convocando voluntários para cursos de primeiros-socorros e combate a incêndios.
Para fortalecer ainda mais a vigilância na fronteira, mais de 4.000 soldados paquistaneses das tropas de paz da ONU em Serra Leoa (África) foram chamados de volta, e o governo não descarta abandonar a ajuda militar aos Estados Unidos na caça a militantes dos grupos Taleban e Al Qaeda.
A Índia controla 40% da Caxemira; o Paquistão um terço, e a China o resto. Os muçulmanos são maioria na região, e há 12 anos eles começaram a lutar pelo separatismo, num conflito que já matou mais de 33 mil pessoas. O Paquistão propõe um plebiscito para definir o futuro da área. A Índia prefere a mediação internacional.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
Bush pressiona Índia e Paquistão a baixarem tensão na Caxemira
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O presidente norte-americano, George W. Bush, pressionou hoje a Índia e o Paquistão a comprometer-se a baixar a tensão na Caxemira.
Durante o segundo dia da cúpula com o presidente russo, Vladimir Putin, Bush manifestou sua "profunda preocupação" pela tensão entre os dois países.
Reuters - 30.jan.2001 |
George W. Bush, presidente dos Estados Unidos |
A Índia e o Paquistão mantêm cerca de 1 milhão de soldados na fronteira desde dezembro, quando um esquadrão de supostos separatistas invadiu o Parlamento indiano e provocou um massacre. Nova Déli acusa os vizinhos de incentivarem essas ações, mas o governo de Islamabad admite apenas apoio diplomático à causa separatista.
A situação se agravou após um atentado na semana passada, que matou mais de 30 pessoas na parte indiana da Caxemira.
O secretário-geral da Organização das ONU (Organiação das Nações Unidas), Kofi Annan, considerou a situação alarmante e pediu uma "ação vigorosa" ao presidente paquistanês, general Pervez Musharraf, que na quarta-feira (22) renovou a promessa feita em janeiro de combater os militantes islâmicos, inclusive na parte paquistanesa da Caxemira.
Analistas indianos receberam essa notícia com otimismo, mas disseram que as autoridades devem esperar ações reais de Musharraf. O fim de semana prolongado de Vajpaye, na localidade montanhosa de Manali, é visto como um sinal de que a guerra agora não é iminente.
Apesar disso, o Paquistão colocou sua capital em pé de guerra ontem, cancelando todas as folgas de funcionários públicos e convocando voluntários para cursos de primeiros-socorros e combate a incêndios.
Para fortalecer ainda mais a vigilância na fronteira, mais de 4.000 soldados paquistaneses das tropas de paz da ONU em Serra Leoa (África) foram chamados de volta, e o governo não descarta abandonar a ajuda militar aos Estados Unidos na caça a militantes dos grupos Taleban e Al Qaeda.
A Índia controla 40% da Caxemira; o Paquistão um terço, e a China o resto. Os muçulmanos são maioria na região, e há 12 anos eles começaram a lutar pelo separatismo, num conflito que já matou mais de 33 mil pessoas. O Paquistão propõe um plebiscito para definir o futuro da área. A Índia prefere a mediação internacional.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
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