Vulcão entra em erupção a 700 km da capital do Chile

O Vulcão Llaima, no Chile, entrou em erupção nesta terça-feira e obrigou as autoridades do país a remover a população local da área, a cerca de 700 km ao sul de Santiago.

Localizado no Parque Nacional de Conguillo, o Llaima chega a 3.125 metros de altitude.

A lava do Llaima se dirige ao rio Calbuco, segundo o especialista em vulcões Juan Cyupi à agência Reuters. "[A lava] alcançou entre 800 e mil metros da cratera."

No Ano Novo, o vulcão entrou em erupção e obrigou o governo a evacuar turistas. Em fevereiro houve novas emissões de lava e cinzas.

O governo estipulou um raio de 15 km em volta da cratera como zona de remoção. Trinta pessoas serão removidas.

Na quinta-feira, Cyupi, funcionário do equivalente chileno à nossa Defesa Civil, sobrevoou o Llaima e notou a presença de gases saindo da cratera, mas não viu lava.

"O risco nesse caso é que pode acontecer um derretimento abrupto de neve por causa da lava, o que poderia causar avalanches de água e sedimentos", disse Cyupi.

A volta da atividade do Llaima vem depois do vulcão Chaiten, a 1.220 km ao sul de Santiago na Patagônia chilena. Chaiten entrou em erupção no dia 2 de maio pela primeira vez em milhares de anos. Cinzas, gás e pedra derretida foram lançados da cratera.

Na ocasião, a cidade próxima a Chaiten foi coberta por cinza, que até hoje é emitida pelo vulcão juntamente com gases. A remoção, nesse caso, envolveu um raio de 50 km ao redor do acidente geográfico, milhares de pessoas foram removidas.

As imagens da erupção de Chaiten ficaram famosas, pois uma nuvem de 30 quilômetros de extensão se formou na atmosfera. Além disso, as chuvas da época encheram os rios e causaram inundações que destruíram dezenas de casas.

A cinza dessa erupção também atingiu a Argentina e causou o cancelamento de alguns vôos.

O Chile é o segundo país do mundo em quantidade de vulcões (dois mil), ficando atrás apenas da Indonésia. Entre 50 e 60 vulcões são registrados como já tendo entrado em erupção no país americano, outros 500 são classificados como com chance de entrarem em atividade.

com Reuters