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28/05/2002 - 11h17

Conselho Otan-Rússia pede que Índia e Paquistão evitem conflito

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da France Presse, em Pratica di Mare (Itália)

A primeira reunião do conselho Otan-Rússia pediu hoje à Índia e ao Paquistão que cessem a escalada de tensão e retomem o diálogo visando evitar um conflito por causa da Caxemira, declarou o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), George Robertson, ao término da cúpula na cidade de Pratica di Mare, perto de Roma (Itália).

"Os chefes de Estado e primeiro-ministros pedem com firmeza que ambas as partes iniciem conversações para que seus problemas possam ser resolvidos pacificamente", disse Robertson ao término da reunião inaugural do conselho conjunto.

"As 20 nações aqui presentes compartilham uma preocupação comum e profunda pela situação e os riscos não apenas para a região como para o mundo inteiro", acrescentou Robertson emm referência aos dois países vizinhos e adversários, que dispõem de armamento nuclear.

O presidente russo, Vladimir Putin, se encontrará com líderes da Índia e do Paquistão em Almaty, no Cazaquistão, na próxima semana, afirmou Robertson.

Apesar da iniciativa russa, a Índia disse hoje que considera impossível que o primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, e o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, se encontrem em uma conferência em Almaty.

"Almaty está ainda a uma certa distância. Pessoalmente, não vejo a possibilidade de discussões entre Musharraf e Vajpayee", declarou o ministro indiano das Relações Exteriores, Jaswant Singh.

Os dois vizinhos detentores de armas nucleares estão em confronto desde o ataque ao Parlamento indiano em dezembro do ano passado. A Índia responsabiliza pelo atentado militantes islâmicos caxemires sediados no Paquistão.

A tensão piorou em 14 de maio quando 30 pessoas foram mortas durante um ataque à região indiana da Caxemira. Nova Déli acusou novamente os militantes muçulmanos que lutam contra seu controle sobre a Caxemira.

Os dois países travaram três guerras desde a independência da Inglaterra em 1947. Duas delas foram por disputas da Caxemira.

A Índia controla 40% da Caxemira; o Paquistão um terço, e a China o resto. Os muçulmanos são maioria na região, e há 12 anos eles começaram a lutar pelo separatismo, num conflito que já matou mais de 33 mil pessoas. O Paquistão propõe um plebiscito para definir o futuro da área. A Índia prefere a mediação internacional.

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