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07/07/2008 - 18h43

Governo russo esteve envolvido na morte de ex-espião, diz BBC

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da Efe, em Londres

O Estado russo esteve envolvido na morte do ex-espião russo Alexander Litvinenko, envenenado em 2006 em Londres com uma substância radioativa, informou hoje a emissora pública britânica BBC citando fontes do governo do Reino Unido.

"Acreditamos muito firmemente que houve alguma implicação estadual no 'caso Litvinenko'. Há indicações muito sólidas que foi uma ação estadual", disse um alto funcionário britânico responsável de segurança ao programa "Newsnight" da BBC.

Litvinenko, crítico do ex-presidente russo Vladimir Putin e ex-espião do serviço secreto russo refugiado no Reino Unido, morreu em 23 de novembro de 2006 em um hospital londrino após ser envenenado com polônio 210, substância radioativa muito tóxica.

Segundo a mesma fonte, cujo nome não foi revelado pela emissora pública, o MI5 (serviço de espionagem interior britânico) acredita que frustrou, no ano passado, uma tentativa de assassinato contra outro dissidente russo, o milionário Boris Berezovsky.

A BBC diz que teve acesso a um relatório do MI5 que afirma que um cidadão russo e suposto matador de aluguel, identificado no documento como Mr. A, foi detido em 21 de junho de 2007 no Reino Unido e deportado quatro dias depois.

A citada fonte governamental indicou que o caso de Berezovsky, que vive asilado em Londres e acusou Putin de estar por trás do assassinato de Litvinenko, demonstra "a contínua disposição do FSB (Serviço Federal de Segurança da Rússia, antigo KGB) de considerar operações contra pessoas no Ocidente".

Em novembro passado, o chefe do MI5, Jonathan Evans, manifestou preocupação com o fato de que não tenha diminuído o número de espiões russos no país desde o fim da Guerra Fria, em 1990.

Segundo Evans, haveria 30 agentes secretos no Reino Unido, de acordo com os serviços secretos britânicos.

O "caso Litvinenko" originou graves tensões diplomáticas entre Londres e Moscou, pois o governo britânico pediu no ano passado a extradição do ex-espião russo Andrei Lugovoi como principal suspeito do crime, embora ele tenha negado reiteradamente.

A Promotoria do Estado britânico recomendou que Lugovoi fosse processado no Reino Unido por um assassinato com "envenenamento deliberado".

No entanto, a Rússia se recusou a cooperar com o governo britânico ao insistir em que sua Constituição proíbe expressamente a extradição de cidadãos do país.

De acordo com a BBC, o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, tratou o caso, aparentemente, com o novo presidente russo, Dmitri Medvedev, na cúpula do G8 (sete países mais industrializados e Rússia), realizada no Japão.

 

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