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03/06/2002
-
05h36
da Folha de S.Paulo
O premiê da Índia, Atal Behari Vajpayee, descartou ontem um encontro com o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, durante conferência regional em Almaty, no Cazaquistão, que começa hoje.
Na reunião, os líderes discutiriam o atual clima de tensão entre os dois países _ambos possuidores de arsenal nuclear_ por disputas na região da Caxemira.
Musharraf havia reafirmado ontem que o Paquistão não iniciará uma guerra com a Índia e fez um apelo a Vajpayee por negociações de paz. O governo indiano acusa os paquistaneses de apoiarem ações terroristas de separatistas islâmicos da região fronteiriça da Caxemira.
"Não existem planos [para um encontro]", afirmou Vajpayee antes de deixar Nova Déli em direção ao Cazaquistão. Apesar disso, o ministro da Defesa da Índia, George Fernandes, disse que ninguém deve se preocupar com "a questão nuclear".
"O Paquistão não vai iniciar uma guerra. Queremos resolver o conflito por meios pacíficos", disse Musharraf em Duchambe, capital do Tadjiquistão, durante uma escala de sua viagem ao Cazaquistão. "Queremos evitar uma guerra com o uso de armas tradicionais, e o arsenal nuclear não deve ser utilizado", afirmou.
Musharraf expressou o desejo de que a Rússia, tradicional aliada da Índia, possa servir de mediador para evitar o conflito iminente entre os dois países.
Apesar de rejeitar um encontro imediato com Musharraf, o premiê indiano afirmou que avaliaria com consideração um diálogo futuro se tiver provas de que o governo paquistanês está cumprindo sua promessa de conter as ações terroristas dos militantes islâmicos na Caxemira indiana.
Cerca de 1 milhão de soldados, além de tanques e artilharia, estão estacionados na fronteira entre os dois países, onde ontem houve novamente troca de tiros entre os dois Exércitos. Segundo testemunhas, quatro paquistaneses e uma mulher indiana morreram em consequência dos disparos.
A Índia disse que oito civis foram feridos por um morteiro lançado pelo Paquistão na vila de Garkwal. Segundo o Paquistão, quatro soldados foram feridos por um bombardeio indiano na Província vizinha de Punjab.
Diversos países ocidentais vêm manifestando temor sobre a escalada no conflito sobre a Caxemira _que já provocou três guerras entre os dois países desde 1947_ e aconselharam seus cidadãos a deixarem a região.
O ministro da Defesa da Índia, George Fernandes, disse que a crise poderia ser encerrada se o Paquistão entregasse 14 indianos de uma lista de 20 acusados de terrorismo e se parassem as incursões na fronteira. "A Índia não será impulsiva. Tudo o que queremos é que o governo de Musharraf pare de apoiar o terrorismo", disse.
A intensificação do conflito ocorreu após um ataque ao Parlamento indiano, em dezembro, no qual 14 pessoas morreram, incluindo cinco terroristas. A tensão cresceu ainda mais após um ataque a um campo do Exército indiano na Caxemira, no dia 14 de maio, no qual 34 pessoas foram mortas, incluindo três atiradores.
Vajpayee pretende colocar em discussão na conferência no Cazaquistão o que ele chama de "terrorismo de fronteira patrocinado pelo Paquistão". O presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai se encontrar com os dois mandatários e espera convencê-los a se reunir para discutir o conflito.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
Índia rejeita encontro de paz com Paquistão
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O premiê da Índia, Atal Behari Vajpayee, descartou ontem um encontro com o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, durante conferência regional em Almaty, no Cazaquistão, que começa hoje.
Na reunião, os líderes discutiriam o atual clima de tensão entre os dois países _ambos possuidores de arsenal nuclear_ por disputas na região da Caxemira.
Musharraf havia reafirmado ontem que o Paquistão não iniciará uma guerra com a Índia e fez um apelo a Vajpayee por negociações de paz. O governo indiano acusa os paquistaneses de apoiarem ações terroristas de separatistas islâmicos da região fronteiriça da Caxemira.
"Não existem planos [para um encontro]", afirmou Vajpayee antes de deixar Nova Déli em direção ao Cazaquistão. Apesar disso, o ministro da Defesa da Índia, George Fernandes, disse que ninguém deve se preocupar com "a questão nuclear".
"O Paquistão não vai iniciar uma guerra. Queremos resolver o conflito por meios pacíficos", disse Musharraf em Duchambe, capital do Tadjiquistão, durante uma escala de sua viagem ao Cazaquistão. "Queremos evitar uma guerra com o uso de armas tradicionais, e o arsenal nuclear não deve ser utilizado", afirmou.
Musharraf expressou o desejo de que a Rússia, tradicional aliada da Índia, possa servir de mediador para evitar o conflito iminente entre os dois países.
Apesar de rejeitar um encontro imediato com Musharraf, o premiê indiano afirmou que avaliaria com consideração um diálogo futuro se tiver provas de que o governo paquistanês está cumprindo sua promessa de conter as ações terroristas dos militantes islâmicos na Caxemira indiana.
Cerca de 1 milhão de soldados, além de tanques e artilharia, estão estacionados na fronteira entre os dois países, onde ontem houve novamente troca de tiros entre os dois Exércitos. Segundo testemunhas, quatro paquistaneses e uma mulher indiana morreram em consequência dos disparos.
A Índia disse que oito civis foram feridos por um morteiro lançado pelo Paquistão na vila de Garkwal. Segundo o Paquistão, quatro soldados foram feridos por um bombardeio indiano na Província vizinha de Punjab.
Diversos países ocidentais vêm manifestando temor sobre a escalada no conflito sobre a Caxemira _que já provocou três guerras entre os dois países desde 1947_ e aconselharam seus cidadãos a deixarem a região.
O ministro da Defesa da Índia, George Fernandes, disse que a crise poderia ser encerrada se o Paquistão entregasse 14 indianos de uma lista de 20 acusados de terrorismo e se parassem as incursões na fronteira. "A Índia não será impulsiva. Tudo o que queremos é que o governo de Musharraf pare de apoiar o terrorismo", disse.
A intensificação do conflito ocorreu após um ataque ao Parlamento indiano, em dezembro, no qual 14 pessoas morreram, incluindo cinco terroristas. A tensão cresceu ainda mais após um ataque a um campo do Exército indiano na Caxemira, no dia 14 de maio, no qual 34 pessoas foram mortas, incluindo três atiradores.
Vajpayee pretende colocar em discussão na conferência no Cazaquistão o que ele chama de "terrorismo de fronteira patrocinado pelo Paquistão". O presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai se encontrar com os dois mandatários e espera convencê-los a se reunir para discutir o conflito.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
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