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06/06/2002
-
13h42
da France Presse, em Srinagar (Índia)
Nove pessoas, entre elas um comandante rebelde pró-paquistanês e dois soldados indianos, morreram nas últimas 24 horas em enfrentamentos na Caxemira, onde os tiroteios são constantes entre os Exércitos de Islamabad e Nova Déli, segundo a polícia.
Mohammed Rafiq Lone, comandante do grupo separatista Harkat-ul-Jehadi Islami, morreu nas mãos das forças de segurança indianas na periferia de Srinagar, na parte indiana da Caxemira.
Lone era suspeito de ter cometido vários atentados e escapou da prisão há dois anos.
Perto de Shopian, dois soldados indianos morreram em uma emboscada noturna. A polícia indicou que os supostos rebeldes também mataram um comerciante por considerá-lo um traidor no distrito de Anantnag. Outras quatro pessoas morreram nos distritos de Baramulla, Kupwara e Doda.
Um militante separatista morreu em um enfrentamento com as forças de segurança perto de Bandipora.
Nova Déli acusa o Paquistão de armar e treinar os rebeldes que lutam contra seu governo na parte indiana de Caxemira, território majoritariamente muçulmano.
As autoridades paquistanesas afirmaram que pelo menos seis pessoas, entre elas quatro crianças, morream ontem na parte paquistanesa de Caxemira durante intensos bombardeios indianos.
Os tiroteios foram constantes entre soldados indianos e paquistaneses nessa região do Himalaia. Pelo menos quatro pessoas, um indiano e três paquistaneses, ficaram feridos, segundo a polícia e o Exército indiano.
Conflito
Os dois países disputam o poder do território da Caxemira. Atualmente, dois terços do território estão sob domínio indiano (45%) e o restante sob controle do Paquistão e da China. Das três guerras travadas desde a independência (1947), duas delas foram por causa da Caxemira.
A situação entre Índia e Paquistão voltou a ficar tensa depois de um atentado ocorrido no dia 13 de dezembro, quando homens armados com rifles e granadas invadiram o Parlamento da Índia, em Nova Déli. O incidente deixou 14 mortos, entre eles os cinco terroristas. Nova Déli responsabilizou as guerrilhas islâmicas do Paquistão e preparou uma resistência militar na fronteira com o território paquistanês, pedindo a Islamabad que acabe com os militantes islâmicos.
No dia 14 de maio, supostos rebeldes muçulmanos contrários ao governo da Índia na Caxemira invadiram um campo militar e mataram mais de 30 pessoas, entre elas familiares de soldados.
O governo militar do Paquistão também disse que não permitiria que a sua parte da Caxemira fosse usada para atividades terroristas.
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
Confrontos deixam nove mortos na Caxemira
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Nove pessoas, entre elas um comandante rebelde pró-paquistanês e dois soldados indianos, morreram nas últimas 24 horas em enfrentamentos na Caxemira, onde os tiroteios são constantes entre os Exércitos de Islamabad e Nova Déli, segundo a polícia.
Mohammed Rafiq Lone, comandante do grupo separatista Harkat-ul-Jehadi Islami, morreu nas mãos das forças de segurança indianas na periferia de Srinagar, na parte indiana da Caxemira.
Lone era suspeito de ter cometido vários atentados e escapou da prisão há dois anos.
Perto de Shopian, dois soldados indianos morreram em uma emboscada noturna. A polícia indicou que os supostos rebeldes também mataram um comerciante por considerá-lo um traidor no distrito de Anantnag. Outras quatro pessoas morreram nos distritos de Baramulla, Kupwara e Doda.
Um militante separatista morreu em um enfrentamento com as forças de segurança perto de Bandipora.
Nova Déli acusa o Paquistão de armar e treinar os rebeldes que lutam contra seu governo na parte indiana de Caxemira, território majoritariamente muçulmano.
As autoridades paquistanesas afirmaram que pelo menos seis pessoas, entre elas quatro crianças, morream ontem na parte paquistanesa de Caxemira durante intensos bombardeios indianos.
Os tiroteios foram constantes entre soldados indianos e paquistaneses nessa região do Himalaia. Pelo menos quatro pessoas, um indiano e três paquistaneses, ficaram feridos, segundo a polícia e o Exército indiano.
Conflito
Os dois países disputam o poder do território da Caxemira. Atualmente, dois terços do território estão sob domínio indiano (45%) e o restante sob controle do Paquistão e da China. Das três guerras travadas desde a independência (1947), duas delas foram por causa da Caxemira.
A situação entre Índia e Paquistão voltou a ficar tensa depois de um atentado ocorrido no dia 13 de dezembro, quando homens armados com rifles e granadas invadiram o Parlamento da Índia, em Nova Déli. O incidente deixou 14 mortos, entre eles os cinco terroristas. Nova Déli responsabilizou as guerrilhas islâmicas do Paquistão e preparou uma resistência militar na fronteira com o território paquistanês, pedindo a Islamabad que acabe com os militantes islâmicos.
No dia 14 de maio, supostos rebeldes muçulmanos contrários ao governo da Índia na Caxemira invadiram um campo militar e mataram mais de 30 pessoas, entre elas familiares de soldados.
O governo militar do Paquistão também disse que não permitiria que a sua parte da Caxemira fosse usada para atividades terroristas.
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
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