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Turista sul-coreana morre por disparos de soldado na Coréia do Norte
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da France Presse, em Seul
A Coréia do Sul decidiu nesta sexta-feira suspender as viagens de seus cidadãos a um dos dois centros da Coréia do Norte abertos aos turistas, após a morte de uma sul-coreana que entrou em uma zona proibida e foi atingida por disparos de um soldado do regime comunista.
O caso aconteceu no monte Kumgang, centro turístico financiado por Seul e situado na costa leste da Coréia do Norte, quando a turista passeava perto de um campo de golfe e entrou em uma zona militar proibida.
Seul considerou o caso "profundamente lamentável" e suspendeu as visitas turísticas ao centro do monte Kumgang. Além disso, pediu uma investigação completa do caso.
O tiroteio é o primeiro desde que as visitas ao centro começaram em 1998. Estes dois centros foram desenvolvidos por Seul como um símbolo da reconciliação das duas Coréias.
A morte coincidiu com a oferta que o presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak, fez a Pyongyang para iniciar novos contatos para a aplicação de acordos concluídos por seus antecessores, na tentativa de acalmar a situação após vários meses de tensão entre ambos os países.
Lee estava ciente do ocorrido antes de lançar sua proposta no Parlamento, mas decidiu ir em frente, segundo um porta-voz da Presidência.
Caso
A Coréia do Norte disse ao operador sul-coreano do centro, Hyundai Asan, que a mulher, de 53 anos, estava passeando por uma praia e se perdeu numa área proibida.
Segundo as autoridades norte-coreanas, a mulher saiu correndo apesar de ter recebido advertência para ficar parada e acabou levando um tiro no peito e outro na bacia. O corpo foi levado para o hospital de Sokcho, na Coréia do Sul, perto da fronteira.
A imprensa identificou a vítima como uma mulher casada chamada Park Wang-Ja.
"É profundamente lamentável que uma turista sul-coreana tenha morrido por disparos de um soldado norte-coreano", afirmou Kim Ho-Nyoun, porta-voz do ministério sul-coreano de Unificação.
O porta-voz pediu à Coréia do Norte que coopere plenamente para esclarecer a tragédia. "Daqui até o fim da investigação, as viagens a Kumgang estão suspensas", afirmou.
Kim Jung-Tae, outro responsável, disse que o governo de Seul lançará sua própria investigação o mais rapidamente possível. Ele acrescentou que não houve explicação oficial de Pyongyang para o caso, acrescentando que ligaria para a Coréia do Norte.
Cerca de 1,8 milhão de pessoas, a maioria sul-coreana, visitaram o monte Kumgang desde 1998. O centro foi desenvolvido pelo grupo sul-coreano Hyundai e o operador é a filial Hyundai Asan.
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