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10/06/2002 - 09h01

Índia suspende restrições aéreas ao Paquistão

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da Folha Online

A Índia suspendeu hoje, com efeito imediato, todas as restrições de vôo impostas aos aviões paquistaneses, segundo informações divulgadas hoje pelo governo indiano.

O governo indiano também reconheceu que houve uma redução da entrada de guerrilheiros muçulmanos na Caxemira. "O governo decidiu que a partir do dia 10 de junho todas as restrições impostas ao sobrevôo do território indiano por aviões paquistaneses serão suspensas", disse o porta-voz do ministro das Relações Exteriores indiano, Nirupama Rao, em coletiva de imprensa.

As medidas restritivas indianas foram decretadas depois do atentado suicida ocorrido no dia 13 de dezembro, quando homens armados com rifles e granadas invadiram o Parlamento da Índia, em Nova Déli. O incidente deixou 14 mortos, entre eles os cinco terroristas. Nova Déli responsabilizou as guerrilhas islâmicas do Paquistão e preparou uma resistência militar na fronteira com o território paquistanês, pedindo a Islamabad que acabe com os militantes islâmicos.

Militantes separatistas disfarçados de policiais mataram a tiros, hoje, quatro indianos que lutam nas guerrilhas em Jammu e Caxemira, informou a polícia.

Os assassinatos vieram no momento de crescentes tensões entre a Índia e o Paquistão, em que Nova Déli acusa Islamabad de estimular a violência separatista em Jammu e Caxemira.

Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade das mortes que aconteceram no distrito de Udhampur, a 65 quilômetros de Jammu, onde rebeliões separatistas têm se intensificado há mais de dez anos.



Os comitês de defesa dos vilarejos estão armando grupos civis para combate com as guerrilhas separatistas em áreas remotas de Jammu e Caxemira, onde não há forças de segurança.

A esperança para que a Índia e o Paquistão evitem uma guerra tem aumentado. Ambos os países têm 1 milhão de soldados ao longo da fronteira.

O otimismo se segue a uma promessa do presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, na semana passada de parar com as incursões na Índia.

A Índia disse que iria monitorar os níveis de infiltração de militantes para assegurar que o Paquistão está honrando sua promessa.

A Índia e o Paquistão, ambos detentores de arsenal nuclear, mantêm um milhão de soldados em suas fronteiras na região da Caxemira. A tensão aumentou após um ataque ao parlamento indiano, em dezembro, atribuído pela Índia a militantes com base no Paquistão.

A Índia controla 45% da Caxemira, o Paquistão, cerca de 35% e a China, o restante. Duas das três guerras travadas entre a Índia e o Paquistão ocorreram por causa da região.

Com agências internacionais

Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
 

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