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30/06/2002 - 05h39

Cocaleiro tira proveito de ameaça dos EUA

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RODRIGO UCHÔA
Enviado especial da Folha de S.Paulo a La Paz

Ele não deve chegar ao segundo turno, mas se tornou a grande surpresa da eleição e certamente será bajulado pelos políticos tradicionais do país por causa do poder que terá no Congresso.

O partido de Evo Morales, o MAS (Movimento ao Socialismo), pode fazer até 20 deputados e entre três e cinco senadores. Manfred Reyes Villa (candidato favorito) disse que não vê problemas em compor um governo com o MAS.

Nascido num lugar pobre do sul da Bolívia há 42 anos, Morales se mudou para a região central do país em 1982 por causa de uma seca.

Descendente de quéchuas e aymarás, foi em Chapare que ele se envolveu nos movimentos pelos direitos indígenas e passou a lutar contra o extermínio das plantações de coca.

Opositor das políticas liberais, Morales foi eleito deputado em 1997, obtendo 70% dos votos da região de Chapare, tradicional plantadora de coca, mas também centro produtor de drogas.

Em 1999, Morales foi cassado por quebra de decoro parlamentar, acusado de incentivar a violência em um conflito de trabalhadores rurais com a polícia, que deixou três soldados mortos.

Sua plataforma prevê a nacionalização das empresas privatizadas e a divisão de renda em escala nacional.

Na semana passada, os EUA ameaçaram cortar a ajuda ao país se Morales fosse eleito. Ele tinha 12% das intenções de voto, mas esperava capitalizar com a indignação causada pela "empáfia americana".
 

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