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23/08/2008 - 13h05

Viúvo de Benazir Bhutto aceita ser candidato à Presidência do Paquistão

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da Folha Online

O viúvo da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada no ano passado, Asif Ali Zardari, será candidato à Presidência do Paquistão, nas eleições marcadas para o início de setembro após a renúncia de Pervez Musharraf esta semana.

"Asif Ali Zardari aceitou disputar a eleição para o cargo de presidente do Paquistão depois de ter sido indicado de forma unânime pelo partido", declarou Raza Rabbani, subsecretário-geral do Partido Popular do Paquistão (PPP), de Bhutto. Nenhum outro candidato da legenda apresentou seu nome para o posto.

As eleições do próximo dia 6 de dezembro servirão para substituir o presidente Pervez Musharraf, que nesta semana renunciiou ao cargo para evitar um processo de destituição.

Pela Constituição do Paquistão, o presidente deve ser eleito em uma sessão simultânea das duas câmaras do parlamento e das quatro assembléias provinciais.

Renúncia de Musharraf

Pervez Musharraf anunciou na segunda-feira passada, em um discurso à nação, sua renúncia à Presidência.

No auge da impopularidade, o ex-membro dos comandos de elite que chegaram ao poder da única potência nuclear militar do mundo muçulmano em outubro de 1999, finalmente cedeu às pressões de adversários políticos.

Sem dúvida, influenciou também em sua decisão o fraco apoio dado a ele nos últimos tempos pelo exército e, sobretudo, os Estados Unidos, até agora seu aliado chave na guerra contra o terrorismo islâmico. Eles o vinham condenando cada vez mais por não lutar com eficácia contra a presença da Al-Qaeda e dos talebãs nas zonas tribais do noroeste do país.

"Depois de analisar a situação e consultar conselheiros e aliados políticos, decidi renunciar", disse Musharraf com semblante grave.

"Deixo meu futuro nas mãos do povo", acrescentou, ao final de um discurso no qual defendeu seu balanço e acusou a coalizão governista, antiga oposição que saiu vitoriosa das legislativas de fevereiro, de fugir aos fundamentos da República Islâmica do Paquistão, com 160 milhões de habitantes.

Musharraf fez questão de reiterar sua inocência e assegurar que as acusações políticas contra ele não se sustentavam.

A coalizão de partidos que venceu as eleições conseguiu superar suas divisões e acertou em 7 de agosto que apresentaria à Justiça um processo de impeachment de Musharraf.

As potências ocidentais pressionam o Paquistão para solucionar a crise política o quanto antes e voltar a se concentrar na luta contra as milícias islamitas talebãs e a rede Al Qaeda nas regiões fronteiriças com o Afeganistão, onde 500 pessoas morreram na semana passada.

p(tagline)Com France Presse e Reuters

 

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