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04/08/2002
-
18h35
da France Presse, em La Paz
O Congresso nacional proclamou neste domingo como presidente da Bolívia o liberal Gonzalo Sánchez de Lozada por 84 dos 155 votos emitidos, enquanto que seu adversário, o indígena socialista Evo Morales, obteve 43, segundo uma recontagem oficial. Na votação, houve 26 votos nulos e 2 brancos.
Com Sánchez de Lozada foi eleito o jornalista Carlos Mesa como vice-presidente da Bolívia, graças a uma aliança entre conservadores, social-democratas e populistas.
O liberal Gonzalo Sánchez de Lozada, 72 anos, já havia governado a Bolívia entre 1993 e 1997.
A eleição do Congresso foi respaldada por uma aliança de conservadores e social-democratas. A eleição ratificou a vitória obtida nas urnas pelo ex-mandatário liberal no dia 30 de junho.
Sánchez de Lozada venceu o indígena socialista Evo Morales no Congresso, que obteve um surpreendente segundo lugar na eleição geral e que, embora tenha prometido que dará "xeque mate" na fase legisltativa, não tinha a mínima possibilidade de usar a faixa presidencial.
As poucas chances de Morales contra Lozada foram ainda mais reduzidas quando o terceiro partido no Congresso anunciou que votaria nulo.
A NFR (Nova Força Republicana, partido de direita) afirmou que 26 de seus representantes votariam em seu derrotado líder nas urnas, Manfred Reyes Villa, que não disputa a eleição legislativa, o que significa que os votos seriam considerados nulos.
A Constituição Política determina que não havendo ganhador com maioria absoluta no primeiro turno, os dois candidatos mais votados devem enfrentar-se em uma segunda fase no Congresso.
O ex-governante agora vai ocupar pela segunda vez a Presidência da Bolívia, depois de somar os votos de seu ex-inimigo Jaime Paz Zamora, com quem firmou um acordo de co-governo a partir de uma ação programática.
Líder do MNR (Movimento Nacionalista Revolucionário), o partido com maior tradição política da Bolívia, Sánchez de Lozada é popularmente conhecido como "Goni" ou "Gringo" devido ao inconfundível sotaque anglo-saxão.
Gestor do maior programa de privatizações que a Bolívia já conheceu, Sánchez de Lozada, nascido em La Paz no dia 1º de julho de 1930, estudou Filosofia e Letras nos Estados Unidos, onde passou boa parte da vida adulta e se aperfeiçoou como cineasta.
Chamado por seus detratores de "vende pátria", por ter promovido a capitalização (forma de privatização) da maioria das empresas do Estado durante seu governo, Sánchez de Lozada estreou na política boliviana em 1979, quando foi eleito deputado por Cochabamba (Centro).
A fama de administrador eficiente foi conquistada em 1985, quando defendeu um modelo de economia de mercado que mandou para a rua mais de 30 mil trabalhadores da mineração, reduziu os gastos públicos a um limite impensável e freou a hiperinflação de 25.000% registrada no período 1981-85.
Ministro da Economia do ex-presidente Víctor Paz Estenssoro, em cuja gestão ocupou também a presidência do Senado, Sánchez de Lozada venceu por maioria relativa as eleições de 1989, mas não conseguiu fechar um acordo que lhe permitisse ratificar no Congresso o triunfo obtido nas urnas.
Em 1993, venceu as eleições presidenciais com 36% dos votos e, após uma série de acordos com forças minoritárias, ocupou o cargo. Durante sua administração, promoveu a reforma da educação e promulgou uma lei de participação popular que dotou recursos a regiões distantes do Centro do país pela primeira vez na história.
O programa de governo de Sánchez de Lozada prevê a criação de "empregos, empregos, empregos e mais empregos", para conter a crise econômica que atinge o país.
Congresso proclama oficialmente Lozada como presidente da Bolívia
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O Congresso nacional proclamou neste domingo como presidente da Bolívia o liberal Gonzalo Sánchez de Lozada por 84 dos 155 votos emitidos, enquanto que seu adversário, o indígena socialista Evo Morales, obteve 43, segundo uma recontagem oficial. Na votação, houve 26 votos nulos e 2 brancos.
Com Sánchez de Lozada foi eleito o jornalista Carlos Mesa como vice-presidente da Bolívia, graças a uma aliança entre conservadores, social-democratas e populistas.
O liberal Gonzalo Sánchez de Lozada, 72 anos, já havia governado a Bolívia entre 1993 e 1997.
A eleição do Congresso foi respaldada por uma aliança de conservadores e social-democratas. A eleição ratificou a vitória obtida nas urnas pelo ex-mandatário liberal no dia 30 de junho.
Sánchez de Lozada venceu o indígena socialista Evo Morales no Congresso, que obteve um surpreendente segundo lugar na eleição geral e que, embora tenha prometido que dará "xeque mate" na fase legisltativa, não tinha a mínima possibilidade de usar a faixa presidencial.
As poucas chances de Morales contra Lozada foram ainda mais reduzidas quando o terceiro partido no Congresso anunciou que votaria nulo.
A NFR (Nova Força Republicana, partido de direita) afirmou que 26 de seus representantes votariam em seu derrotado líder nas urnas, Manfred Reyes Villa, que não disputa a eleição legislativa, o que significa que os votos seriam considerados nulos.
A Constituição Política determina que não havendo ganhador com maioria absoluta no primeiro turno, os dois candidatos mais votados devem enfrentar-se em uma segunda fase no Congresso.
O ex-governante agora vai ocupar pela segunda vez a Presidência da Bolívia, depois de somar os votos de seu ex-inimigo Jaime Paz Zamora, com quem firmou um acordo de co-governo a partir de uma ação programática.
Líder do MNR (Movimento Nacionalista Revolucionário), o partido com maior tradição política da Bolívia, Sánchez de Lozada é popularmente conhecido como "Goni" ou "Gringo" devido ao inconfundível sotaque anglo-saxão.
Gestor do maior programa de privatizações que a Bolívia já conheceu, Sánchez de Lozada, nascido em La Paz no dia 1º de julho de 1930, estudou Filosofia e Letras nos Estados Unidos, onde passou boa parte da vida adulta e se aperfeiçoou como cineasta.
Chamado por seus detratores de "vende pátria", por ter promovido a capitalização (forma de privatização) da maioria das empresas do Estado durante seu governo, Sánchez de Lozada estreou na política boliviana em 1979, quando foi eleito deputado por Cochabamba (Centro).
A fama de administrador eficiente foi conquistada em 1985, quando defendeu um modelo de economia de mercado que mandou para a rua mais de 30 mil trabalhadores da mineração, reduziu os gastos públicos a um limite impensável e freou a hiperinflação de 25.000% registrada no período 1981-85.
Ministro da Economia do ex-presidente Víctor Paz Estenssoro, em cuja gestão ocupou também a presidência do Senado, Sánchez de Lozada venceu por maioria relativa as eleições de 1989, mas não conseguiu fechar um acordo que lhe permitisse ratificar no Congresso o triunfo obtido nas urnas.
Em 1993, venceu as eleições presidenciais com 36% dos votos e, após uma série de acordos com forças minoritárias, ocupou o cargo. Durante sua administração, promoveu a reforma da educação e promulgou uma lei de participação popular que dotou recursos a regiões distantes do Centro do país pela primeira vez na história.
O programa de governo de Sánchez de Lozada prevê a criação de "empregos, empregos, empregos e mais empregos", para conter a crise econômica que atinge o país.
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