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Governo convoca ato de solidariedade ao premiê paquistanês
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da Efe, em Islamabad
O PPP (Partido Popular do Paquistão) afirmou nesta quinta-feira que seus partidários sairão amanhã às ruas para uma manifestação de solidariedade ao primeiro-ministro paquistanês, Yousaf Raza Gillani, cuja comitiva foi atacada na quarta-feira (03).
Em comunicado, o PPP afirmou que todos os organismos regionais da legenda se reunirão amanhã para mostrar solidariedade a Gillani, vítima de um "atentado fracassado contra sua vida".
Segundo a nota, a decisão foi tomada pelo líder do partido e candidato à Presidência do Paquistão, Asif Ali Zardari, após um encontro hoje com vários líderes do PPP.
Controvérsia
Segundo o escritório do primeiro-ministro, Gillani saiu ontem ileso de um ataque, "de autoria desconhecida", na rodovia que liga a base militar de Chaklala a Islamabad.
No entanto, a versão oficial não convenceu a imprensa local, que hoje cita fontes policiais, do Ministério do Interior e de inteligência para afirmar que o primeiro-ministro não estava no veículo no momento do ataque.
O jornal "Daily Times"' publica inclusive um gráfico, a partir de informação que obteve de fonte sigilosa, no qual aparece um automóvel a caminho do aeroporto e a região a partir de onde a comitiva recebeu disparos. O porta-voz de Gillani afirmou ontem que "o automóvel do primeiro-ministro voltava do aeroporto" no momento do ataque.
O movimento Tehrik-e-Taliban Pakistan, que reúne grupos talebãs paquistaneses, reivindicou a autoria do ataque, que ocorreu poucas horas depois da morte de 20 civis em um ataque lançado por forças sob o comando dos Estados Unidos contra uma localidade em uma zona fronteiriça com o Afeganistão.
Em 6 de setembro, o Paquistão realiza eleição presidencial para designar o sucessor do ex-general Pervez Musharraf, que renunciou em agosto. Atual líder do PPP e viúvo da ex-primeira ministra paquistanesa assassinada em um atentado ano passado em Rawalpindi, Benazir Bhutto, Zardari é o favorito para ocupar o cargo.
Seus dois concorrentes são: o ex-chefe do Tribunal Supremo Saeeduzzaman Siddiqui, candidato da PML-N, e o senador e secretário-geral da opositora Liga Muçulmana do Paquistão-Quaid (PML-Q), Mushahid Hussain.
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