Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/09/2008 - 16h16

Agente diz que polícia sofria forte pressão quando Jean Charles morreu

Publicidade

da Efe, em Londres

O chefe da brigada antiterrorista da Scotland Yard durante os atentados de 7 de julho de 2005 contra Londres, Peter Clarke, depôs hoje na investigação pública sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes e afirmou que, na época, a polícia estava sob uma pressão "sem precedentes".

O jovem eletricista, 27, foi assassinado à queima-roupa por dois policiais que o confundiram com um terrorista suicida, pouco após entrar em um vagão do metrô.

Clarke explicou que o Palácio de Buckingham, o Parlamento e o edifício da Scotland Yard permaneceram fechados durante uma hora e meia dias após os atentados de 7 de julho por temor de novos ataques.

Em seu depoimento, Clarke destacou a pressão "sem precedentes" que a polícia britânica sofria após os atentados que deixaram 56 mortos e mais de 700 feridos, e dos ataques fracassados de 21 de julho do mesmo ano.

O ex-chefe da brigada terrorista da Scotland Yard explicou que, em 12 de julho, cinco dias depois dos atentados, a entrada e saída do Parlamento, da sede da Scotland Yard e do Palácio de Buckingham foram impedidas durante uma hora e meia.

A decisão foi tomada após a descoberta do carro dos terroristas de 7 de julho na estação de trens de Luton (ao norte de Londres) e de um laboratório para fabricar bombas em Leeds (norte inglês), onde moravam três dos autores do massacre.

"Foi algo completamente sem precedentes, como algumas das decisões tomadas sobre se devia-se alertar os cidadãos ou não da possibilidade de que um suicida estivesse solto ou não", disse.

"Se alertássemos os cidadãos, poderíamos causar um pânico desnecessário. Se não fizéssemos e acontecesse algo terrível, a pergunta óbvia seria: por que não alertaram os cidadãos?", acrescentou.

A morte de Jean Charles aconteceu um dia depois dos atentados fracassados de 21 de julho de 2005 contra a rede de transporte de Londres, que pretendiam ser uma repetição dos ataques de 7 de julho.

O brasileiro foi confundido com um dos autores dos ataques fracassados de 21 de julho que, por acaso, vivia no mesmo bloco de apartamentos do eletricista.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página