Publicidade
Publicidade
Mulheres podem definir eleição dos EUA em favor de Obama
Publicidade
da France Presse, em Washington
colaboração para a Folha Online
Desde a saída de Hillary Clinton da disputa pela nomeação democrata, as eleitoras americanas estão sendo disputadas pelos candidatos à Casa Branca, republicano John McCain e o democrata Barack Obama. Maiores em número do que os homens, as americanas são vistas como um grupo crucial para as eleições deste ano e, até o momento, preferem Obama.
"Todas as pesquisas nacionais realizadas desde o primeiro debate presidencial, no final de setembro, dão vantagem ao senador Barack Obama, quase todas mostram que ele é apoiado mais pelas mulheres do que pelos homens", aponta estudo do Centro para as Mulheres Americanas e a Política (CAWP) da Universidade Rutgers.
Jim Young/Reuters |
Democrata Barack Obama cumprimenta eleitoras na Flórida; mulheres podem definir sua vitória na eleição presidencial |
Segundo pesquisa Reuters/C-SPAN/Zogby divulgada nesta quarta-feira, Obama tem 52% das intenções de voto contra 42% de McCain entre os eleitores prováveis, uma marca inédita construída em cima do apoio de independentes e das mulheres.
Entre as eleitoras, Obama ganhou três pontos em relação à sondagem do dia anterior e agora tem margem de 16 pontos sobre o senador por Arizona.
O fenômeno não é tão recente. Desde 1992, as mulheres votam mais nos democratas e, nas eleições de 2004, elas representaram 8,8 milhões votos a mais do que os homens. Neste ano, o número poderá chegar a 9 milhões, com um recorde de mulheres inscritas nas centrais eleitorais.
"As mulheres e os homens têm prioridades claramente diferentes e essas diferenças se expressam além das linhas partidárias", analisa Allyson Lowe, diretora do Centro para as Mulheres, a Política e as Políticas Públicas da Pensilvânia, da Universidade Chatham de Pittsburgh.
Segundo a diretora do CAWP, Debbie Walsh, as mulheres se identificam mais com Obama por defenderem, assim como senador por Illinois, uma intervenção maior do Estado. 'As mulheres são economicamente mais vulneráveis do que os homens, envolvidas com maior freqüência nos problemas cotidianos. E por causa disso, elas têm necessidade de segurança social e aspiram a programas' mais baseados nesse tema, explica ela.
Tina Papagiannopoulos, uma advogada independente, disse ainda que votará em Obama porque 'ele tem razão sobre a economia, sobre a causa dos problemas do país e sobre a maneira de responder a eles'.
Boa parte destas eleitoras fazem parte de um grupo de decepcionadas, mulheres que apostavam na candidatura da democrata Hillary Clinton e que esperavam vê-la como primeira mulher presidente dos Estados Unidos.
Para tentar conquistar este público crucial, McCain surpreendeu ao escolher uma mulher, a até então desconhecida governadora do Alasca, Sarah Palin, para dividir a chapa. Palin discursou aos eleitores como a herdeira de Hillary, alguém que quebraria o telhado de vidro no qual a senadora fez 18 milhões de rachaduras, uma metáfora utilizada freqüentemente pela ex-primeira-dama em referência a seus votos nas primárias.
Contudo, de acordo com a maioria das pesquisas, Palin é mais popular entre os homens do que entre as mulheres. Dianne Winiarz, 45, eleitora independente de Massachusetts, votará em McCain, mas diz que não foi motivada pela escolha de Palin, que ela considera "curiosa".
A história mostra, por outro lado, que as mulheres votam mais em função das propostas do que das pessoas. Em 2000, um grupo de mulheres chamadas de "soccer moms" (mães que levam seus filhos para jogar futebol) pelas pesquisas contribuiu para a vitória de George W. Bush, apoiando o seu programa baseado nos valores familiares, explica Lowe.
O mesmo grupo votou na reeleição de Bush em 2004, mas com uma justificativa diferente. "Algumas dessas mulheres (...) foram rebatizadas como "security moms" [mães pela segurança]" porque elas se diziam mais preocupadas com a segurança de suas famílias e do país [após o 11 de Setembro] do que com a educação e a cobertura de saúde", completou Lowe. Resta saber em qual direção elas irão no dia 4 de novembro.
Leia mais
- Palin diz ter mais experiência que Obama para ocupar a Casa Branca
- Relatório alerta para problemas em eleições dos EUA
- Megadoações inundam as campanhas presidenciais nos EUA
- Obama amplia margem e tem 10 pontos sobre McCain, aponta Zogby
- Candidatos à Casa Branca focam campanha em economia
- Pesquisa coloca Obama 14 pontos à frente de McCain
- Grande número de eleitores vota antecipadamente na Flórida
Livraria
- Entenda os ESTADOS UNIDOS, o dólar, a Alca, a CIA, a história e política externa do país
- Livro explica o funcionamento e conceitos da DEMOCRACIA; leia capítulo
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
avalie fechar
avalie fechar