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24/10/2002 - 07h27

Confrontos entre russos e tchetchenos já mataram 4.500 pessoas

da France Presse, em MOscou

O conflito na Tchetchênia que desembocou na véspera em uma captura de reféns sem precedente em Moscou já causou no total mais de 4.500 mortos nos três últimos anos nas fileiras russas, segundo dados oficiais do Comitê de Mães de Soldados, de acordo com o qual mais de 11 mil militares perderam a vida.

As forças russas afirmam por sua parte que mataram cerca de 13 mil rebeldes neste novo conflito na Tchtchênia, uma república russa vizinha do Daguestão, república russa vizinha à Tchechênia, que começou em agosto de 1999.

Quanto aos civis, entre 10 mil e 20 mil morreram em consequência dos bombardeios, das "operações de limpeza", das minas e do bandoleirismo, segundo a ONG (organização não-governamental) russa Memorial.

Moscou afirma que 850 mil pessoas vivem na Tchetchênia. As ONGs afirmam que esse número é "teoricamente impossível", estimando em 250 mil o número de habitantes dessa república.

Moscou tem oficialmente mais de 80 mil homens na Tchetchênia, enquanto os efetivos rebeldes foram estimados pelas autoridades russas entre 1.500 e 5.000 homens.

O presidente independentista Aslan Maskhadov, considerado como o chefe da resistência armada, decidiu pôr fim às divisões que reinavam no campo guerrilheiro, aliando-se em meados deste ano ao grupo islamita radical depois da morte de seu líder, o coamndante saudita Khattab.

Khattab morreu envenenado em março passado. Seu adjunto Abu Walid, um árabe de cerca de 40 anos que, segundo a imprensa russa, combateu o Exército soviético no Afeganistão e as forças governamentais no Tadjiquistão e assumiu o comando da frente Leste por ordem de Maskhadov, segundo afirma o site internet dos rebeldes kavkaz-org.

Outro chefe de guerra ativo é o tchetcheno Doku Umarov, ex-secretário do "Conselho de Segurança" independentista tchetcheno que está vinculado aos islêmicos radicais. Atualmente, ele dirige a frente Oeste.

Shamil Bassaiev, 37, outrora o mais temido dos líderes rebeldes, autor de capturas de reféns espetacularies e instigador com Khattab das incursões no Daguestão em agosto de 1999, desempenha um papel secundário nesta guerra desde que teve um pé amputado, em fevereiro de 2000.

O comando que atacou na noite passada em Moscou afirma pertencer ao ex-caudilho Arbi Baraiev, morto pelos russos no ano passado. É dirigido por seu sobrinho Mousar Baraiev.

 

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