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21/11/2008 - 23h59

Em Lima, Bush tenta impulsionar negociações sobre Coréia do Norte

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da Efe, em Lima

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tentou nesta sexta (21) impulsionar as negociações sobre a questão nuclear da Coréia do Norte, em reunião com o chefe de Estado chinês, Hu Jintao, em meio à realização da Cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), em Lima.

Bush e Hu se reuniram em um hotel da capital peruana sem fazer declarações à imprensa, que pôde testemunhar apenas os primeiros comprimentos entres os dois líderes.

Em declarações posteriores, a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, disse que Bush estimulou as autoridades chinesas a continuar seu diálogo com o líder espiritual tibetano, o dalai-lama, e reiterou seu compromisso com a liberdade religiosa.

Mianmar, Zimbábue e Sudão completaram a agenda das conversas nas quais ambos os líderes, que se viram na semana passada em Washington durante uma cúpula do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países mais ricos e os principais emergentes) analisaram os últimos eventos econômicos.

A reunião entre Bush e Hu acontece depois que, também hoje, o líder chinês se reuniu com um alto funcionário taiuanês, em uma rara iniciativa por parte de Pequim.

Segundo Perino, Bush, que admitiu que se sentir "um pouco nostálgico", já que essa pode ter sido sua última reunião com o líder chinês, "reiterou sua política de uma China única", em referência à situação de Taiwan.

Os líderes discutiram também a situação em relação às negociações para pôr fim ao programa nuclear da Coréia do Norte, e nas quais participam além das duas Coréias, Rússia, China, EUA e Japão.

Bush deve se reunir amanhã com o primeiro-ministro japonês, Taro Aso, e com o presidente da Coréia do Sul, Lee Myung Bak.

Depois, o presidente dos EUA encontrará o presidente russo, Dmitri Medvedev, com quem abordará uma ampla agenda de temas, em uma reunião que promete ser áspera, dadas suas diferenças sobre a Geórgia e o escudo de mísseis americano planejado para o leste europeu.

Porém, o encontro entre os chefes de Estado de dois dos países mais importantes do mundo pode deixar de lado algumas diferenças e ser focado, basicamente, na questão norte-coreana.

Bush quer sair da cúpula com uma data firme para retomar as conversas sobre a questão nuclear e deixar o processo canalizado para seu sucessor na Casa Branca, Barack Obama.

O processo de negociações pareceu retomar o caminho após a Coréia do Norte ter aceitado em outubro cancelar os passos que tinha dado para retomar as atividades nucleares em seu reator de Yongbyon.

Como medida recíproca, os EUA anunciaram a retirada da Coréia do Norte de sua lista de países patrocinadores do terrorismo, o que permitiu o fim de algumas sanções econômicas contra o regime de Pyongyang.

Segundo o diretor para a Ásia do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Dennis Wilder, "a meta é voltar à mesa de negociações em Pequim".

Com isso, de acordo com Wilder, o objetivo é "deixar estabelecido um processo que possa ser conduzido pelo próximo governo nos EUA".

Dar um impulso a essas negociações é uma das metas da visita de Bush a Lima.

O presidente dos EUA espera também que os países do Apec apóiem a declaração do G20 sobre como enfrentar a crise financeira.

Levando em conta que nove dos 21 membros deste fórum estão incluídos também no G20, entre eles países como China, Japão, Rússia e Canadá, ele não deve encontrar muita resistência nisso.

Bush também pedirá aos países participantes que resistam às tentações protecionistas e defendam o livre-comércio como fórmula para sair da crise.

Também não é de prever que encontre muita resistência. Muitos dos países que compõem o Apec dependem do comércio internacional para manter seu poderio econômico.

Em declarações antes de viajar a Lima à emissora América TV, Bush afirmou que "a cúpula do Apec é uma reunião importante neste momento, especialmente dada a situação financeira no mundo".

 

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