Terroristas conheciam bem o hotel Taj Mahal, dizem forças indianas

O secretário-chefe do Estado de Maharashtra, Johnny Joseph, afirmou que os terroristas que ocupam o hotel de luxo Taj Mahal Palace, em Mumbai, desde a noite de quarta-feira (26), se movimentam entre os andares como se conhecessem muito bem a planta, informou reportagem do jornal local "Times of India".

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Os terroristas dominaram o Taj durante uma série de ataques coordenados realizados com tiros e granadas que atingiu diversos pontos de Mumbai, centro financeiro da Índia. Os ataques ocorreram em regiões nobres da cidade e atingiram não só o Taj como também o luxuoso hotel Oberoi Trident e o centro judaico Chabad Lubavitch. Nesses três locais, centenas de pessoas foram mantidas reféns.

Desmond Boylan/Reuters

Membros de esquadrão antiterror removem jornalistas da área ao redor do hotel Taj Mahal, onde ainda há um terrorista nesta sexta

"Os terroristas estavam bem informados sobre o desenho tanto do Taj quanto do Oberoi Trident. Há certeza absoluta quanto ao fato de eles terem feito pesquisas nos interiores do hotel antes dos ataques de quarta à noite." Conforme o secretário-chefe de Maharashtra, no Oberoi foram encontrados fuzis AK-47 e quatro granadas de fabricação chinesa.

No Taj, de acordo com o "Times of India", os terroristas sabiam até quais cômodos tinham monitores das câmeras do circuito interno de vigilância, o que lhes dava visão completa de tudo que aconteceu nos corredores e saguões, durante a ação. "Os terroristas soltaram granadas no momento em que os militares de aproximaram de um cômodo com monitores, e ele acabou inacessível por causa do fogo e da fumaça", contou o secretário-chefe.

Arte/Folha Online

Por volta das 2h30 deste sábado (19h no horário de Brasília), as forças de segurança indiana consideravam a situação controlada no Oberoi e no centro judaico. No primeiro, 24 corpos foram encontrados, ainda nesta sexta-feira. No segundo, os agentes de segurança tiveram de explodir uma das paredes do imóvel para chegar ao interior, onde foram encontrados cinco corpos -incluindo os do rabino Gavriel Holtzberg e da mulher dele, Rivka. Os dois tinham um bebê, que foi entregue aos avós.

No hotel Taj, dois a três terroristas ainda resistem, possivelmente acompanhados de reféns.