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30/11/2008 - 17h09

Piratas somalis podem ganhar até US$ 20 milhões para libertar navio ucraniano

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da France Press

Os piratas somalis chegaram a um acordo neste domingo para liberar o navio ucraniano Faina, seqüestrado no dia 24 de setembro quando transportava um carregamento de armas. O valor do resgate poderá chegar a US$ 20 milhões, segundo Andrew Mwangura, diretor do PAM (Programa de Assistência Marítima), que tem sede no porto queniano de Mombaça.

No entanto, Mwangura afirmou que ainda não se sabe quando ocorrerá a libertação do Faina, que transportava 33 carros de combate e outras armas quando foi seqüestrado. "A libertação poderá ocorrer dentro de dez ou 20 dias, quando todos os detalhes que dizem respeito ao pagamento do resgate forem decididos", disse.

Segundo o diretor do PAM, o valor do resgate pode ter baixado nos últimos dias. O seqüestro do navio ucraniano e de seus 20 tripulantes, dos quais 17 eram ucranianos, dois russos e um letão, gerou grande polêmica devido às versões sobre o destino do armamento.

Enquanto o Quênia afirma que são para seu Exército, outros, entre eles o próprio Mwangura, disseram que se dirigia ao sul do Sudão. A possibilidade gerou um questionamento sobre o governo queniano, que atuou como mediador do acordo de paz em 2005, que colocou fim à guerra entre o governo de Cartum e os rebeldes do sul sudanês.

"A recuperação do armamento é um tema crucial", disse Mwangura, que afirmou que após a libertação do navio, a carga será encaminhada à Mombaça. A possível liberação do Faina encerraria o episódio de um dos principais seqüestros realizados por piratas somalis, que ainda mantêm em seu poder 19 embarcações e negociam seus resgates.

Entre os navios que permanecem seqüestrados está o petroleiro saudita Sirius Star, com capacidade para dois milhões de barris de petróleo, a maior embarcação capturada pelos piratas somalis. As águas da Somália e do golfo de Áden, que dá acesso ao Mar Vermelho e ao Canal de Suez, se transformaram nas mais perigosas do mundo e levaram diversos navios a deslocar suas rotas ao Cabo da Boa Esperança, muito mais longas, porém mais seguras.

 

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