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Brasileira relata clima de medo diante de protestos em Atenas
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LUÍS FERRARI
da Folha de S. Paulo
"As pessoas estão amedrontadas. Há medo no ar. Saí de casa e tenho medo de dar de cara com uma situação desagradável. Não dá para saber o que posso encontrar no caminho." Foi assim que a operadora de turismo Carla Gonçalves, moradora de Atenas há 13 anos, definiu o ambiente na capital grega nos últimos dias.
Habitante de um bairro vizinho ao de Exarchia, de onde partiram as agitações que se expandiram pelo país, ela relatou que, no quinto dia seguido de protestos, a população de Atenas já está farta: "A verdade é que ninguém está agüentando mais. Hoje [esta quarta-feira] resolvi nem ver televisão porque tem sido muito massacrante o que vivemos nos últimos dias".
Ela enfatizou que a escalada dos confrontos fez muita gente (inclusive descontentes com o governo) se opor ao movimento.
"Ninguém está dando apoio a esse tipo de protesto. O povo grego tem a mentalidade de reivindicar, mas, com a proporção que tomou, ficou todo mundo contra. A população ficou abismada com a violência e acaba ficando com raiva. Pessoas dizem que a polícia tem mais é que bater mesmo e usar de violência para retomar o controle. E isso em todos os níveis sociais", declarou a brasileira, ressaltando que as autoridades têm evitado a todo custo reagir com truculência.
Sobre o impacto da crise no setor de turismo, Gonçalves afirmou que o caos só não é maior porque acontece no inverno. "Se fosse alta estação, com certeza teria cancelamentos, porque isso repercutiu no mundo inteiro, e é óbvio que a situação ainda está fora do controle."
Ainda assim, ela lembrou que dois hotéis de luxo no centro de Atenas "foram atingidos drasticamente" e que seus hóspedes debandaram amedrontados.
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