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25/11/2002
-
12h08
O primeiro grupo de inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas) a trabalhar no Iraque em quatro anos chegou hoje a Bagdá.
A equipe, composta por 11 membros da Unmovic (Comissão de Controle, Verificação e Inspeção da ONU) e seis da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), aterrissou em Bagdá a bordo de um avião C-130 da ONU procedente de Larnaca (Chipre).
No total, entre 80 e 100 inspetores da Unmovic e da AIEA devem trabalhar no Iraque antes do final do ano, segundo o porta-voz da missão da ONU, Hiro Ueki.
Uma equipe de logística avançada esteve no Iraque nos últimos sete dias abrindo o caminho para as inspeções. Cerca de 20 toneladas de equipamentos da ONU -entre material médico, de análise e de comunicação- já chegaram a Bagdá para dar suporte ao trabalho.
Segundo condições de uma dura resolução da ONU adotada no início deste mês, o Iraque é obrigado a permitir que os inspetores tenham livre acesso a qualquer local suspeito de ser usado para o desenvolvimento de armas biológicas, químicas ou nucleares.
Bagdá concordou em divulgar uma relação completa de seu programa de armas até dia 8 de dezembro.
No Cairo, o diretor da AIEA, o egípcio Mohamed El Baradei, alertou hoje que "se Bagdá não cooperar, as consequências serão graves, não apenas para o Iraque, mas para toda a região".
El Baradei afirmou ontem que os inspetores da ONU serão neutros e cumprirão sua missão com objetividade e profissionalismo.
Pouco antes da chegada dos inspetores, o jornal iraquiano "As Saura", do partido Baath, no poder, pediu ao Conselho de Segurança da ONU que impeça qualquer tentativa americana de atacar o Iraque.
Em uma longa carta ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, divulgada ontem, Bagdá detalha suas críticas contra a resolução da ONU, classificando as prerrogativas dos inspetores de "arbitrárias e injustificadas".
O ministro das Relações Exteriores iraquiano, Naji Sabri, que assinou a carta, acusou Washington de querer explorar a resolução para atacar o Iraque.
"Considerar que qualquer omissão por parte do Iraque é uma violação implica que existe uma premeditação para atacá-lo sob qualquer justificativa fútil", escreveu Sabri.
Bagdá reiterou que os inspetores voltarão para casa com as mãos vazias. "Os inspetores não encontrarão armas de destruição em massa pela simples razão de que o Iraque não possui essas armas", afirmou ontem o jornal "As Saura".
Com agências internacionais
Leia mais no especial Iraque
Primeira equipe de inspetores de armas da ONU chega a Bagdá
da Folha OnlineO primeiro grupo de inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas) a trabalhar no Iraque em quatro anos chegou hoje a Bagdá.
A equipe, composta por 11 membros da Unmovic (Comissão de Controle, Verificação e Inspeção da ONU) e seis da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), aterrissou em Bagdá a bordo de um avião C-130 da ONU procedente de Larnaca (Chipre).
No total, entre 80 e 100 inspetores da Unmovic e da AIEA devem trabalhar no Iraque antes do final do ano, segundo o porta-voz da missão da ONU, Hiro Ueki.
Uma equipe de logística avançada esteve no Iraque nos últimos sete dias abrindo o caminho para as inspeções. Cerca de 20 toneladas de equipamentos da ONU -entre material médico, de análise e de comunicação- já chegaram a Bagdá para dar suporte ao trabalho.
Segundo condições de uma dura resolução da ONU adotada no início deste mês, o Iraque é obrigado a permitir que os inspetores tenham livre acesso a qualquer local suspeito de ser usado para o desenvolvimento de armas biológicas, químicas ou nucleares.
Bagdá concordou em divulgar uma relação completa de seu programa de armas até dia 8 de dezembro.
No Cairo, o diretor da AIEA, o egípcio Mohamed El Baradei, alertou hoje que "se Bagdá não cooperar, as consequências serão graves, não apenas para o Iraque, mas para toda a região".
El Baradei afirmou ontem que os inspetores da ONU serão neutros e cumprirão sua missão com objetividade e profissionalismo.
Pouco antes da chegada dos inspetores, o jornal iraquiano "As Saura", do partido Baath, no poder, pediu ao Conselho de Segurança da ONU que impeça qualquer tentativa americana de atacar o Iraque.
Em uma longa carta ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, divulgada ontem, Bagdá detalha suas críticas contra a resolução da ONU, classificando as prerrogativas dos inspetores de "arbitrárias e injustificadas".
O ministro das Relações Exteriores iraquiano, Naji Sabri, que assinou a carta, acusou Washington de querer explorar a resolução para atacar o Iraque.
"Considerar que qualquer omissão por parte do Iraque é uma violação implica que existe uma premeditação para atacá-lo sob qualquer justificativa fútil", escreveu Sabri.
Bagdá reiterou que os inspetores voltarão para casa com as mãos vazias. "Os inspetores não encontrarão armas de destruição em massa pela simples razão de que o Iraque não possui essas armas", afirmou ontem o jornal "As Saura".
Com agências internacionais
Leia mais no especial Iraque
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